sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aventura no Agreste Pernambucano

Durante minhas férias vivi uma epopéia que não gostaria de ter vivido. Meu Leozinho quebrou o braço... Querem saber o que eu passei? Leiam abaixo...

Eu fui conhecer o chalé da minha irmã em Gravatá, uma cidadezinha do interior distante de Recife mais ou menos 1 hora, cujo clima é bastante aprazível nessa época. Inclusive é uma das cidades – junto com Garanhuns, Triunfo e Taquaritinga - do chamado Circuito do Frio...bem...o pessoal de lá ACHA que faz frio, né? Minha irmã, mesmo, que adora uma bota e um sobretudo, tira tudo do armário quando faz 20 graus e sai pra passear. Meu vestuário durante o pouco tempo na cidade foi basicamente o mesmo: camiseta, bermuda e chinelos. Ela me olhava, perguntando: “Tu não tais com frio, não, mulher??? Vixe, tô congelando...”. Ahahahahahah.


Simone com Heitor no colo e o trio parada dura: Isa, Léo (antes do gesso) e Alice. Eu de fotógrafa...

Chegamos lá na sexta à noite, pretendendo ficar até a segunda pela manhã. No sábado à tarde resolvemos levar as crianças a um resort local, que estava promovendo diversas atividades e brincadeiras durante o mês de julho (para hóspedes e visitantes). Simone foi dirigindo e eu fui no banco de trás, com Heitor (1 ano e 2 meses) no colo, e mais Alice, Léo e Isadora (5 anos). Pensa na loucura! Uma creche, praticamente. Bem que podíamos ter levado a empregada pra ajudar, mas não...as duas “danadonas” encararam a empreitada, visando ganhar o troféu “Mães do Ano” oferecido pela “Associação das Mães que Não Têm o Que Fazer com 4 Crianças Num Fim de Semana de Julho”.

Após um breve city tour, chegamos ao Hotel Vila Hípica e o primeiro desafio foi topar pagar R$ 40,00 por criança (passaporte para todas as atrações) e mais R$ 5,00 da entrada (também por cabeça). Baita preju, mas quem sai na chuva é pra se molhar, né? Viva o cartão de crédito!!! Minha irmã ainda quis desistir (eu deveria tê-la ouvido), alegando que o tal passaporte era o mesmo preço do ingresso pra ver os palhaços Patati&Patatá (megashow infantil que aconteceria naquela mesma tarde, em Recife, e que ela tinha deixado de ir por ter achado caro....ahahahahahahahaha). Após um pequeno debate sobre finanças, entramos. Tinha de tudo lá dentro: patinação, futebol, piscina de bolinhas, cama elástica, pula-pula...as crianças enlouqueceram e já foram brincar (com exceção de Heitor, que se manteve no colo da mãe).

Não foram precisos mais do que 5 minutos para que eu avistasse um dos monitores com Léo no colo, berrando. Olhei pra Simone e falei: “eita, já caiu...”. Acenei pra ele, esperando que ele saltasse do colo do moço e viesse me encontrar. Mas o monitor continuou andando – em direção às auxiliares de enfermagem lá presentes - e percebi que havia algo errado. Corri pra lá e quando olhei o bracinho dele, vi de cara que tinha quebrado. Ele urrava de dor e sequer conseguia ficar parado, para que colocassem uma tala para imobilizar o braço. Fiquei alguns minutos sem saber o que fazer, até que pedi pra alguém chamar um táxi, para que eu levasse Léo a algum hospital local (Simone não podia me levar, porque não tinha quem segurasse Heitor no banco de trás do carro...alguém avalia o desespero?). Logo fui informada que só havia um hospital na cidade. Público. Hospital público. Nenhuma clinicazinha particular estava aberta no sábado à tarde. Numa situação dessas, o gravataense ou corre pra Caruaru ou pra Recife.

Bom...resolvido que eu iria pegar um táxi, veio a pergunta: como Simone voltaria pra casa com as outras 3 crianças???????????? Lembramos que nossa irmã (por parte de pai), Karla, estava na região para o casamento de uma amiga. Simone ligou pra ela, que prontamente correu pro hotel. Ufa!

Próxima cena: Léo, ainda berrando, e eu, um caco humano, dentro do táxi. Pedi ao motorista que nos levasse ao hospital e perguntei quanto daria a corrida. “Uns R$ 10,00”, ele respondeu. Abri a carteira e vi que só tinha R$ 7,00. Ri por dentro. Se a cidade não tinha condição de atender um acidentado durante as férias, onde raios eu encontraria um caixa eletrônico? Iria eu arrastar Leonardo em prantos, soluçando e urrando de dor, para o shopping local e vagar pelos corredores, procurando um Banco24Horas? Bom...eu tinha algumas alternativas... Uma delas era sair pelos fundos do hospital e dar o calote no taxista. Mas e se o hospital não tivesse porta de fundos? Que loucura é essa que eu estou pensando, meu Deus? Poderia, também, deixar meu cartão de visitas com o Joilton (sim, esse era o nome do motorista) e dizer a ele que quando ele viesse a São Paulo eu pagaria a corrida. Que tal essa? Não? E se eu pedisse esmola na rua? Léo chorando, com um papelão no braço, em forma de tala, todo enfaixado, podia ajudar a convencer as pessoas. Com cara de doida eu já estava... o que mais eu precisaria fazer pra que se compadecessem de mim e do meu pobre pequeno? Todos esses pensamentos varreram minha cabeça durante uns 30 segundos. Olhei pro Joilton e disse: “Vamos embora pro hospital, moço.” E pensei: “Deus proverá!”.

A visão do hospital era deprimente. Não estava lotado, mas independente da quantidade de gente, o visual era punk. O preenchimento da ficha durou uns 2 minutos...a atendente deve ter pulado alguns campos do formulário porque não tava agüentando os gritos do menino. Fomos encaminhados para a sala ao lado, de frente para a porta do consultório do médico, e informados que havia 3 pessoas na nossa frente. Em poucos segundos, além de Léo, eu também gritava. Perguntei aos presentes se eles sabiam o significado da palavra PRIORIDADE. Sim, porque das 3 pessoas que estavam esperando, uma deveria estar com dor de cabeça, a outra com uma diarréia contida e a terceira com câimbra no pé. Nenhum sinal de emergência. Aí o vigilante do hospital deixou o seu posto e veio falar comigo. Disse que eu seria a próxima a entrar. Bom...se o vigilante mandou, tá mandado!

Logo falamos com o médico, que sequer levantou o olho pra mim. Encaminhou-nos ao raio-X e mandou dar dipirona ao paciente, que àquela altura já não tinha lágrimas pra derramar. Só soluçava e gemia de dor. O exame mostrou a fratura do rádio (um dos ossos do antebraço), próximo à região do punho. Braço direito. A auxiliar do médico veio falar comigo. Perguntou se eu tinha ou não um plano de saúde. Se eu tivesse, deveria levar o menino imediatamente a um ortopedista, para os procedimentos necessários. Se não tivesse, deveria me dirigir novamente à recepção para colocar o nome do menino numa lista. Na segunda-feira iam mandar a lista para não-sei-onde, e na terça eu deveria voltar ao hospital para saber quando seriam distribuídas as fichas. Após pegar uma ficha, poderia marcar uma consulta com o ortopedista para não-sei-quando... Fiquei meio tonta com a mulher falando aquilo pra mim. Saí do hospital, enquanto catava na bolsa o celular pra ligar pra Simone. Mas cadê o celular? Lembrei que havia deixado o aparelho dentro da bolsa da máquina fotográfica...ai meu Deus! Localizei um orelhão – ligação a cobrar - e avisei Simone que estava seguindo com o taxista pra Recife.

Falei com o Joilton que iríamos pra Recife...o coitado nem imaginava que o pagamento da corrida perigava não acontecer. A cada novo evento minha dívida com ele aumentava e já estava pensando em procurar uma financeira pra tirar um empréstimo. Quando entramos no carro, avisei-o que ao chegar a Recife precisaria procurar um caixa eletrônico, pois o dinheiro que eu tinha não era suficiente. Ele respondeu que não tinha problemas, visivelmente preocupado com a criança (acho que ele devia ter filhos).

Leonardo entrou no táxi praticamente desmaiado. Estava grogue, por causa do remédio que deram a ele no hospital. Pegou no sono em 2 minutos, apesar de continuar soluçando baixinho. Quando o táxi partiu, foi minha vez de desabar. Chorei contida, mas profundamente. Não só pelo estado do meu filho, mas pelo que vivenciei e ouvi naquele hospital. Coloquei-me no lugar de outras mães na mesma situação e pensei o que elas fariam se tivessem que esperar 15 dias para engessar um membro quebrado do filho. Que mundo é esse??? Aproveite para rezar e pedir forças a Deus para enfrentar aquela viagem. O céu estava escuro, cheio de nuvens que pareciam de chuva, mas que depois se dissiparam. O Joilton começou a pisar fundo, observando meu desespero pelo retrovisor. Pedi a ele que não corresse, disse que estava tudo bem.

Lembrei que precisava falar com Simone. Perguntei ao taxista se podia usar o celular dele e que faria a ligação a cobrar. Ele perguntou se o número da minha irmã era Claro ou Tim. Respondi, ele catou um dos celulares e me deu, dizendo: “Pode usar à vontade. Tem bônus”. Dei um sorriso e lembrei que ainda tem gente boa e gentil no mundo, né não? Durante o resto da viagem me apossei do celular Claro do Joilton, pois recebi várias ligações de Simone, querendo saber como estava Leozinho. Pedi a ela que avisasse os meus sogros pra onde eu estava indo. Aí o telefone toca de novo. Atendo. “Quem fala???”. Era voz de mulher, meio surpresa. Vixe! Entreguei o aparelho ao Joilton e disse: “Acho que agora é pra você...hehehe”. Ele atendeu e dispensou a coitada em 1 minuto, me devolvendo o telefone. Acho que era a mulher dele...será?

Chegamos a Recife no início da noite e nada de achar um caixa eletrônico no trajeto até a clínica de fraturas. Léo acordou, aparentemente sem dor e bastante tranqüilo. Já em frente à clínica, perguntei ao Joilton quanto era a minha dívida. “R$ 130,00”. Baratíssimo! Mas eu só tinha R$ 7,00 e nenhuma folha de cheque. Minha sogra, que já estava lá nos esperando, quitou minha dívida. Ufa! Porém não tive tempo de agradecê-lo devidamente pela atenção e gentileza com que nos tratou. Fiquei com o cartãozinho dele e ainda pretendo contactá-lo (ou mandar uma telemensagem, sei lá!). E quando for de novo a Gravatá, sem dúvida vou procurar revê-lo.

Na clínica, o bracinho do Léo foi engessado e logo ele estava saltitante, como de costume, e animado com a novidade (vê se pode...se animar com um braço quebrado...). Ao chegarmos em casa, viu no Jornal Nacional que aquele dia, 10 de julho, era o dia da Pizza. E disse que queria jantar pizza. Comeu 2 fatias e assistiu Ben 10 no Cartoon Network. Antes de dormir, pediu que eu escrevesse algo no gesso. Desenhei um monte de corações, um de cada cor, e escrevi: “Pitchuco lindo, Mamãe te ama demais”. Ele me deu um abraço, um beijinho e adormeceu.



Dedico essa epopéia a todas as mães que dariam tudo para estar no lugar do filho em um momento de dor ou sofrimento como esse.

P.S.: Leonardo Medeiros de Freitas ainda vai passar umas 2 semanas com o bendito gesso no braço. Ontem (28/07) fomos a um ortopedista, que sugeriu reforçarmos o gesso, tendo em vista a situação geral...sujo, largando fiapos para todos os lados, praticamente oco (ele arrancou todo o algodãozinho que protege o braço antes de colocar o gesso, sabe?) e com vários pontos absolutamente desgastados (quase esburacados) de tanto ele bater o braço em todo lugar. O braço dele estava parecendo o de um figurante do clip “Thriller”, do Michael Jackson. E, Senhor, dai-nos paciência pra continuar dando banho naquele menino, com o braço todo enrolado em sacos plásticos do Carrefour....rsrsrs

Beijos.

sábado, 17 de julho de 2010

30 e poucos anos...

Dia 8, primeira semana de férias em Recife, promovi uma baladinha para poucos e chegados amigos, para comemorar meus 37 anos (carinha de 28 e corpo bom de melhorar com malhação).

O local escolhido foi o Spirit Bar (se vierem à Recife, não deixem de ir!!), que tem música ao vivo todos os dias, para todos os gostos. Optei pela quinta-feira, dia de forró-de-pé-de-serra (turbinado por alguns instrumentos eletrônicos..hoje em dia não tem jeito...não dá pra tocar forró somente com sanfona, zabumba e triângulo, né?).



Foi divertidíssimo, mas percebi que realmente estou ficando velha! No intervalo entre as duas atrações da noite no bar, o DJ tocou umas musiquinhas que estão no topo da 89 FM e similares (aqui em Recife seria a 103.1 - Mix FM). Eu conhecia todas elas...dancei e até cantei algumas (...). E aí eu me toquei que só reconhecia os hits por causa dos meus filhos de 6 anos, que já são fãs das batidas hip-hop. Que deprê!!! Se dependesse das minhas preferências musicais, teria ficado sentada, fazendo cara de conteúdo e apreciando a galera se requebrando ao som de Black Eyed Peas. E sentiria saudade das baladas melequentas de Lionel Ritchie (que por sinal vai tocar em SP em agosto...e eu estarei lá! hehehe).

Não preciso dizer que, considerando meus atuais hábitos noturnos, estava caindo de sono à 1:30 da manhã. Meus pés? O que dizer dos meus pés? Inventei de estreiar uma sandália nova, com salto extra-mega-power. Sexta-feira sem andar direito. Fazer o que? Ainda bem que a velhice não chega só pra mim...
Beijos pra vocês.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Férias, enfim! Mas cadê o avião?

Gentem, voltei! 2 de julho foi meu último dia de trabalho antes das férias. E já no sábado, dia 3 (véspera do meu níver), viajei para Recife, onde estou hoje. E férias com criança, vocês sabem, é sinônimo de epopéia, né? Uma só não...várias. A primeira eu conto agora e foi, é claro, no aeroporto.

A neblina foi a responsável pelo fechamento de Cumbica na manhã (ou madrugada, não sei bem...) do sábado, dia do meu vôo, que inicialmente estava marcado para as 13:40. Como a manhã foi corrida, não acessei internet, nem vi televisão. Chegando ao aeroporto, com um bom tempo de antecedência, não estranhei a lotação, tendo em vista que julho é mês de todo mundo viajar. Fizemos o check-in e a mocinha da Gol não falou nada. Também não me dei ao trabalho de olhar o painel dos vôos e, portanto, estava completamente por fora do caos que me esperava.

Um detalhe interessante no meio disso tudo: somente eu e as crianças embarcaríamos. Miguel só iria viajar 10 dias depois. Achei que dava conta de arrastar malas, subir/descer de avião e cuidar de duas crianças de 5 anos. Nada de mais! Porém a Lei de Murphy entrou em ação e todas as zebras cruzaram meu caminho.

Entrei na sala de embarque com Léo e Alice, levando minha bolsa e mais uma pequena mala de mão contendo: dois travesseiros pequenos, dois lençóis de bebê (às vezes as crianças dormem e gosto de ter um lençolzinho à mão, mas não os utilizei nesse vôo, infelizmente), um laptop, uma máquina fotográfica, algumas guloseimas (biscoito, suquinho, salgadinho...mãe prevenida...hehehe), livrinhos de pintar e algumas canetinhas/lápis de cor. E, é claro, as duas malinhas sem alça...uma de cada lado. O pai, livre para voar, deu as costas e se foi. E lá fomos nós...

A sala de embarque parecia, tipo, um campo de concentração. Absolutamente lotada...gente em pé e sentada (nas cadeiras e no chão). E muitas, muitas crianças. Continuei achando que era normal, por causa das férias. Aí Miguel me liga dizendo que os vôos estavam todos atrasados. Quem teria que embarcar às 10 da manhã ainda estava esperando. Eram umas 13:15. Desliguei o telefone e olhei para minhas pobres crianças, antevendo o que me esperava. Ai, ai, ai...

Resolvemos sentar no chão, encostados à parede. Não foi fácil achar um espacinho..acredite! O negócio estava concorrido...foi sorte conseguirmos um lugar...Meus filhotes, de início, ficaram quietinhos...deitaram no meu colo. E logo eu não sentia mais nada da cintura pra baixo. Os pés estavam dormentes (sabe quando fica formigando e você nem consegue tocar???). Aí Léo levantou e perguntou se ainda ia demorar muito. Falei que sim e sugeri que eles tentassem ler as inúmeras informações disponíveis na sala de embarque, para testar a nova habilidade (sim, meus pitchucos já estão lendo tudo!!!). Eles levantaram, animados, e começaram a ler tudo: "De-vas-sa cer-ve-ja-ria"; por-tão de em-bar-que 7"...aí eu li uma plaquinha que dizia "Wifi Infraero". E lembrei que estava com o laptop na mala de mão. Carregado! "Vamos entrar na internet", pensei. Liguei o danado, tentei conectá-lo e nada! Mais uma tentativa...nada! !@#$%¨&*. Léo se frustrou. Já estava sonhando com o site do Cartoon Network. Uma lástima...Alice pediu, então, pra jogar Paciência Spider. Abri o joguinho pra ela, e Léo continuou tentando ler alguma coisa. Logo ela cansou...e Léo também. Saquei da mala os livrinhos e as canetinhas. Não consegui mais do que uns 7 minutos de paz. Aí apelei para as guloseimas: uns 11 minutos de sossego. As indagações e sentenças se multiplicaram: "Mãe, tô cansada". "Mãe, quero ir pra casa". "Mãe, Vovô tá esperando a gente? Ele vai cansar e vai embora". "Mãe, quando a gente chegar em Recife já vai estar de noite?". Ai, meu saquinho...E agora??? A essa altura já eram umas 15:00, quando o alto-falante informa que nosso embarque iniciaria em 15 minutos. Euforia geral!!! Léo já tinha decorado o número do vôo e cada vez que a moça da Gol começava a falar, ele ficava atento, esperando ela dizer o 1666, com destino a Recife. Ahahahahaha...tadinho!!!

O início do embarque demorou um pouco mais...e novamente apelei pra tecnologia, que de novo me faltou. A TV do meu Samsung Star não tinha sinal...!@#$%¨&*. Tentei o rádio. Ufa! 89 FM!!! Saquei o fone de ouvido e entreguei para os dois. Cada um pegou um fone e colocou numa orelha. Daqui a pouco estavam dançando timidamente ao som de Rihanna. Depois Black Eyed Peas...e em seguida Justin Bieber...Kesha...Lady Gaga...A diversão durou uns 15 minutos, até que nos chamaram pra embarcar.

E adivinha??? Tínhamos que pegar o raio do microônibus pra chegar ao avião. Acho que em 5 anos que moro em SP, foi a primeira vez que não usamos a plataforma pra chegar ao avião. Depois desse tempo todo, pensa o que foi subir aqueles degraus com uma das mãos ocupadas e arrastando Léo e Alice. Ele, é claro, se enfurnou atrás da última cadeira e se deitou. Por alguns segundos o perdi de vista e quase entro em pânico. Aí ele se levanta, olha pra mim e fala "tcharam...te peguei, Mamãe". Eu ri. Alice, como sempre, não largava da minha mão um só instante.

Entramos no bendito avião, que decolou mais ou menos às 17 horas. Nesse horário eu devia estar chegando a Recife.

O vôo...bem...os gêmeos Leonardo e Alice conseguiram ter vontade de ir a banheiro duas vezes cada um, e AO MESMO TEMPO. Quando dava vontada em um, dava no outro. Na primeira vez, o serviço de bordo estava rolando. Um carrinho em cada extremidade do corredor. Por onde passar? Pedi licença ao comissário para tentar chegar ao banheiro com os dois. Ele olhou pra mim e disse que eu aguardasse ele terminar de atender um passageiro. Olhei pra ele e falei que tudo bem, mas que talvez meu filhote fizesse xixi nas calças até que ele pudesse encher o copinho descartável com Kuat light. Ele me fuzilou com os olhos, deu ré no carrinho e eu corri com os dois... Na segunda vez Léo disse que precisava fazer o "número 2". Alguém merece???? Vocês têm alguma noção do que é estar dentro de um banheiro de avião com 2 crianças, sendo que uma está na privada e a outra está mexendo no lixo (ou no papel higiênico, ou enchendo e secando a pia)??????????? E você não tem a mínima noção de como o seu traseiro está cabendo ali??? Sim, porque você está na posição em que Napoleão perdeu a guerra, tentando limpar um bumbum, sabe? Então...Desenvolve a cena.

Chegando a Recife, adivinha? Microônibus de novo!!! Putz!!! Eu já tava pedindo clemência a Deus por todos os pecados cometidos até ali. Pedindo a Ele pra zerar o saldo de mal-feitos e começar de novo...sem mágoas. Léo fez o percurso pendurado nas alças de apoio do ônibus. E Alice segurando minha mão. Santinha!!

Well...cheguei viva. No desembarque, os pequenos correram para encontrar os avós e lá fui eu resgatar 3 malas da esteira de nº 2. A mala maior me cabe dentro, pra vocês terem uma idéia. A média estava cheia de sapatos. E a cor de rosa veio lotada com as coisas da minha princesa. Consegui pegar as duas menores com facilidade. Moleza. Já a mala grande acertou meu pezinho, quando a arrastei pro chão. O roxo ainda não sumiu, apesar das camadas diárias de Hirodóide. !@#$%¨&*.

Felizmente, meu mal-humor foi embora quando senti o calorzinho de 28 graus.
Um beijo pra vocês.

PS.: Esqueci de contar que a espera no aeroporto, antes da entrada na sala de embarque, foi aplacada pela esfuziante e espetacular vitória (arrasadora) da Alemanha em cima de Maradona & Los Hermanos. Tem coisa melhor?