sábado, 23 de outubro de 2010

Organizando um churrasco, 23 de outubro

(entrando no carro) Será que dá tempo? São 8:50...tenho que passar no supermercado, comprar tudo e correr pra pegar as crianças na natação às 10:30. Tomara que dê...quero ver como vou me virar sem a lista do que comprar....eu tinha que esquecer o check list do churrasco do Marlon?? Que aperreio...

(no trânsito) Ô povo lento...vá, minha senhora...vamos perder o sinal...vá, vá, vá...putz...só podia ser mulher, mesmo.(!) Esse sinal demora que só...

(no Carrefour, 10min depois) Por onde começo??? Ah, sim...os talheres de churrasco. Nem lembrava que não tinha...deixe-me ver...que lindos esses da Tramontina...olha, tem branquinho, azulzinho, preto...humm...será que não tem rosa? ou fúcsia? Vai, Analúcia...focoo!!!!!!!!! Você ainda tem um monte de coisa pra comprar...Ok, ok...vai o azul...pronto! Agora os guardanapos...copos...copo de plástico é cruel...mas fazer o que??? uns 50 dá? acho que sim! Pratos...vai esses branquinhos, mesmo? tem esses aqui da Regina, coloridinhos...posso comprar azul pra combinar com os talheres...mas é caro!!! O dobro do preço...sorry, fora do orçamento. Vai os branquinhos mesmo. Que básico! aff...Agora o carvão. 3 pacotes...onde raios fica o carvão???

(passando em frente à seção de higiene e limpeza) Peraí, lembrei agora que meu demaquilante acabou ontem à noite...vou ver se tem algum aqui...(procurando...e passando em frente a um espelho) Cruz credo, estou com cara de drogada...lavei o rosto quando acordei, mas resquícios de rímel e delineador deixaram minhas olheiras ainda mais escuras...eu não vi isso antes de sair, não??? Gente, que vergonha...será que foi por isso que a moça da seção de pães e bolos ficou me olhando e rindo???

(5min depois, após não achar o demaquilante) Ah, finalmente!! O carvão!! Acho que passei aqui na frente e não vi...ai, ai, ai, que negócio sujo!! vai manchar minhas unhas...!@#$%¨&*...!! E não vai caber tudo num carrinho só...ah, vou pegar outro, não! vai ter que caber tudo aqui...Pronto! E agora??? Ah, a cerveja. Humm...tem que ser Skol...não sei porque...é tudo igual!!! Cadê o preço disso??? Humm...quantas latinhas tenho que levar, mesmo? Acho que eram umas 100, algo assim... (5min depois, após o uso da calculadora do celular) 5 embalagens bastam. Ai, ai, ai, que negócio pesado. E sujo...putz, minha unhaaaaaa...e o resto das bebidas, ficam por aqui?? Acho que é mais pra frente...coca, coca zero, guaraná, fanta, água mineral, suco para as crianças...acho que Léo e Alice vão preferir refrigerante...bom, isso deve bastar.

Agora o que? Ah, sal grosso. Onde fica, mesmo??? Putz, já são 9:40...tenho que correr...cacete, onde fica o sal grosso??? Perto dos temperos? Será? Claro, né, gênia...onde mais ficaria? No setor de papel higiênico??? Acho que tenho que vir mais no supermercado...humm...dois pacotes dá? Não faço ideia. Espero que dê...ah, tem a 51 e os limões...o que é que esse povo vai fazer com isso? será que é caipirinha?? Ah, deve ser...cacilda, é lá do outro lado...p que pariu!! (1,5min depois) Ok, cadê esse porcaria de 51? Beleza...tá aqui. E o limão? Hortifruti!!! Cadê os saquinhos? Ah, sim...1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...será que tá bom? Pronto!

Ah, vou comprar batata palha...farofa...uns Doritos pra beliscar...espetinhos de madeira...Ok, agora vou pro caixa...Pronto! Esse aqui tá bom...só tem 2 pessoas na minha frente...acho que anda rápido!.......Engraçado, tenho a sensação que estou esquecendo alguma coisa...ah, com certeza devo estar! Uma "especialista" em organização de churrasco fazendo isso sem uma mísera lista de compras...não pode dar boa coisa! (o tempo passando...) Será que as caixas de supermercado passam por algum treinamento? Bora, filha, termina isso...vá, moço, vá botando suas coisas na esteira, já desocupou...ninguém merece...(mais tempo passando) Até que enfim...caraca, esqueci a sobremesa...chocolate meio amargo...esse eu sei onde fica...na seção dos chocolates...ahahahaha...(correndo, após pedir ao moço que estava na frente pra tomar conta do carrinho) ah, não tem Hershey's...só Garoto! Tudo bem, vai servir...imagina o mico que eu vou pagar se meu petit gateau não ficar bom...(voltando para o caixa e passando em frente à geladeira dos sorvetes) eita, ia esquecendo o sorvete de creme...meu Deus, que desorganização. Ninguém merece...E o leite condensado, será que tem em casa? Ah, sempre tem...espero que tenha...

(10min depois, após passar tudo no caixa, pagar, colocar no carrinho, tirar do carrinho e colocar no carro) Hoje não preciso malhar...pelo menos isso.

(chegando à Raia 4, pontualmente às 10:30, onde as crianças fazem natação) É, até que não fui tão mal assim...se fosse uma prova do "Amazing Race" eu não tinha ficado em último lugar...kkkkk...mas da próxima vez vou ligar pro "Serviço de Churras Delivery"...

(14 horas, em casa, lembrando o que esqueci de comprar) Ingredientes para o vinagrete, leite condensado (!@#$%¨&*), mais limão...acho que comprei pouco. Já já de volta ao Carrefour...MALDIÇÃO!!!!!!!!!!!

sábado, 16 de outubro de 2010

Bon Jovi - In These Arms

Shot in the heart!!!

A narrativa dessa epopeia vai ser curtinha, porque nesse caso, muito mais do que palavras, valem mais as imagens e as canções...No dia 6 de outubro de 2010, às 21:15 da noite, mais ou menos, Bon Jovi pisava o palco do estádio do Morumbi, em SP. Às 12:10, mais ou menos, eles deram tchau. Foram 3 horas de absoluto transe, delírio, gritaria, êxtase...Eu tava lá, gente! Era uma das 68 mil pessoas que assistiu a um show absolutamente maravilhoso. Quando eu estava indo embora, tentei lembrar alguma música que eu gostava e que eles não tinham cantado. Não consegui...

O Jon continua um espetáculo...em todos os sentidos. Aos 48 anos, corpão em forma, voz rouca e sensual (ok, ele sofreu um pouco em alguns agudos, mas nada que a comprometer), mostrou uma vitalidade incrível e um carisma matador. Ele reina no coração dos seus fãs há 27 anos.

Ele começou cantando uma música que eu não conhecia (Blood on blood). Estava com uma camisa preta (botões abertos mostrando o peito...humm) ornando com os cabelos louros e esvoaçantes. Pedi meus sais.......



No meio do show, deixou o guitarrista Richie Sambora cantando "Lay your hands on me" e foi se trocar. Voltou de camiseta azul, combinando com os belíssimos olhos. Aff!!!


Quando o suor estava abundante, e o cabelinho começou a colar na testa, a casa caiu!!!

No bis ele voltou de vermelho...braços malhados à mostra, tatoos idem. Pelo amor do Valentino!!!



Por favor, leitores, não pensem que eu sou um poço de luxúria. Mas a figura do Jon é icônica, metafísica, sei lá! É o líder, a marca registrada da banda. É pra ele que disparam todos os flashs. E ele esbanja charme, gente. Em to-dos os ângulos. O que fazer se não admirar? Mas é claro que não é só isso. Desafio quem não se arrepiou ouvindo ele cantar "Always" ou "Blaze of Glory". Ou não quis 'um amor pra chamar de seu' durante "In these arms". Ou não compartilhou a imensa dor de cotovelo de "Bed of roses" (uma das minhas preferidas!). Não vou nem falar nos coros em uníssono nos sucessos "Livin on a prayer", "Its my life" e "You give love a bad name".

Valeu cada minuto e tudo o que enfrentei pra estar lá, como pagar R$ 100,00 pelo estacionamento do Shopping Butantã (além dos R$ 220,00 do ingresso) e ter que subir as duas ladeiras do estacionamento a pé, ao final do show.

Não vou postar nenhum dos vídeos que fiz no show, porque isso seria pagar um mico gigantesco...todas as imagens estão absolutamente tremidas, sem falar que eu canto (!) em todos eles (e grito, eventualmente). Fiquem com a performance deliciosa da banda em "In these arms" (no topo da página), onde o moço diz que daria tudo - o sangue, o amor, a vida - para ter a amada em seus braços. Quem resiste????

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Fuxico e prisão na zona da mata pernambucana

Com a proximidade do 2º turno das eleições eu lembrei de uma história antiga...tão antiga que não lembro o ano em que aconteceu. Sei que ainda não era casada, portanto faz, no mínimo, 8 anos. Passou-se no pequenino município de Lagoa de Itaenga, região da zona da mata pernambucana, localizada a 70 km de Recife. É onde morava e até hoje mora a minha mãe, Dona Luiza.

Dona Luiza, nessa época, ainda estava na ativa. Entenda-se que em Lagoa (e na maioria dos pequenos municípios do interior) há 5 ocupações disponíveis para as mulheres na então faixa etária da minha mãe: 1) funcionária pública (prestes a se aposentar); 2) comerciante; 3) dona de casa; 4) aposentada; 5) beata. Obviamente que se pode acumular duas (ou mais) ocupações. Mainha, por exemplo, era funcionária pública no expediente da manhã. À tarde era dona de casa. E à noite, beata, claro! Via de regra, no turno da noite quase todas as mulheres são beatas, pela absoluta falta do que fazer. Para as mulheres mais novas, além das opções já citadas, podemos acrescentar: 6) funcionária da Usina Petribu*; 7) estudante; 8) periguete.



Foto extraída do site oficial do município.

E para que vocês entendam o que aconteceu, preciso contextualizar o momento:
- Era ano de eleição de prefeito. E o atual era candidato a reeleição. Mainha, trabalhando na Prefeitura, tinha que votar (e torcer) por ele, pelo bem do seu cargo de confiança.
- Meu tio apoiava o outro candidato (sem ser o da minha mãe) e também era candidato a vereador, porém sem muitas chances. Mas a gente, família, dava a maior força e acreditava (!). Olha só a confusão. Óbvio que a gente ia votar no meu tio, mas não ia votar no prefeito dele (que a gente chamava de “maldito” ou “filho do demo”). E titio não gostou da idéia. Afinal, vereador sem prefeito não faz nada!!! Nossa relação familiar ficou meio abalada com esse episódio...
- O candidato mais lembrado nas pesquisas, caso alguém fizesse uma pesquisa lá, era o do meu tio, portanto não tinha o voto de Mainha e nem o meu, já que eu era eleitora local e votava em quem Mainha mandasse....ahahaha.
- Minha irmã, Simone, trabalhava no Fórum (já já você vai entender a relevância dessa informação! Hehehe)


Esse era o cenário básico...Mas, sério...alguém aí tem noção de como funciona uma eleição de prefeito numa cidade minúscula como Lagoa?? Tipo 20 mil habitantes? Vocês não imaginam como o negócio é podre...quer dizer...é redundante dizer que há algo podre envolvendo política, né? Mas em cidade pequena eleve o negócio à 5ª potência! É chapa quente!!! Baixo nível! Ok, ok...continuo sendo redundante...Em Lagoa, até então, havia sempre um candidato apoiado pela Usina Petribu (extrema direita, de partidos tipo o extinto PDS...vixe...naquela eleição esse candidato era o do meu tio) e o outro candidato era do PMDB (no caso o da minha mãe)! Ahahahahaha....desde que me entendo por gente, a briga era essa! De lá pra cá não tem mais isso de esquerda, direita, centro...o que vale são as alianças pra ganhar a disputa.

Nosso apoio ao candidato da situação era notório, porém velado. Não fizemos campanha, não colamos cartazes na porta de casa, não usamos camiseta nem boné, não acompanhamos carreatas, não fomos a comícios. Mas todo mundo sabia em quem a gente ia votar.Por outro lado, não podíamos participar ativamente da campanha do meu tio. Apesar do apoio “por debaixo dos panos”.

Chegou o dia da eleição.

Uma comédia.

Toda a população da cidade, inflada pelos eleitores que não moravam lá, tipo eu (que tirei o meu título lá e demorei pra transferir pra Recife) e todos os funcionários da Usina Petribu, que tinham Lagoa como domicílio eleitoral - passavam o dia inteiro circulando pra lá e pra cá, observando o movimento...e esperando uma confusão. E sempre tinha confusão. Material de campanha apreendido, gente detida por fazer boca de urna, bêbados errando de seção...acontecia de tudo!

Lá em casa fizemos um bolo, para receber os parentes que porventura resolvessem nos visitar (vários tios meus moravam em sítios, longe do chamado “centro”). A gente morava na rua principal (endereço vip!) e pra quem estava no vai-e-vem era obrigatório passar em frente à nossa porta. Mainha saiu cedo pra votar e eu fiquei em casa, sozinha. Aí chegava um primo, entrava, comia um pedaço de bolo, tomava um copo de água e ia embora. Daqui a pouco, uma tia...o filho do primo, a esposa do cunhado do tio, o filho do sobrinho da irmã da madrinha...e por aí vai. Um bolinho, uma aguinha e tchau. Aí, de repente, batem na porta. Era um oficial de justiça (em dia de eleição esse povo toma um ar desgraçado...se acham a bala que matou Kennedy!). O moço olha pra minha cara e fala:

- A senhorita está presa!

E eu falei:
- Hã?? Como...como assim?

- Recebemos uma denúncia que a Senhorita está alimentando eleitores em troca de votos!!!

Segurei uma gargalhada nervosa...minha gagueira deu o ar de sua graça...as pernas ficaram bambas...

E o cara continuou falando:
- Vamos mantê-la em prisão domiciliar até o final do escrutínio!!

Ainda por cima o desgraçado falava difícil...

Antes que eu pudesse começar a chorar, Mainha chegou metendo a mão na porta...provavelmente já informada do acontecido. Esse tipo de notícia voa, né?
Ela quase voou no pescoço do oficial de justiça, que foi logo pedindo pra ela se acalmar. E ela:

- Acalmar coisa nenhuma. Isso é um absurdo. Ninguém aqui está dando comida pra ninguém.

E eu já pensando que ia ser demitida do Bandepe pela minha ficha corrida na polícia...

Simone, que chegou logo atrás dela, entrou no circuito:
- Mainha, calma. Fale baixo. Ele é um oficial de justiça.

E ela:
- Falar baixo uma ova.

E segurou no braço do cara, arrastando-o para a cozinha.
- Venha aqui no meu fogão. Venha ver o que eu cozinhei hoje pro almoço.

E destampou duas ou três panelas vazias (daquelas de alumínio areado, com as tampas amassadas e tal).
- Tá vendo? Não tem nada aqui...só esse bolo de laranja. Tem certeza que o Sr. vai prender a minha família em casa? Eu não me chamo Luiza se não sair de casa agora mesmo.

E o oficial de justiça:
- Dona Luiza, solte o meu braço. Eu posso deter a Senhora de verdade.

Eu, a essa altura, chorava copiosamente. E falava baixinho:
- Mainha...solta o moço. Eu não quero ir pra cadeia...amanhã eu tenho que trabalhar...snif...snif...

Nesse meio tempo Simone saiu correndo até o fórum (acho que foi a maior carreira que ela já deu na vida!) e voltou com outro oficial de justiça, amigo dela. Esse santo moço tirou o outro lá de casa, apaziguou os ânimos e contou que a denúncia fora feita pelos correligionários do “coisa ruim”. Passamos o resto do dia pra recuperar os batimentos cardíacos e remoer a raiva. Nunca passei um nervoso tão grande. Volta e meia pensava na minha pessoa atrás das grades, sentada no chão frio, cercada por mal-elementos me encarando...

No fim do dia, o prejuízo foi total. O candidato da oposição foi eleito com uma enorme diferença de votos e meu tio não conseguiu chegar lá. Tristeza em dobro. Antes das 19 horas a carreata da vitória já estava nas ruas...

Bjs a todos e bom voto no dia 31!!!

* A Usina Petribu S/A está localizada no município de Lagoa de Itaenga, onde há quase três séculos a família Petribu se instalou. Ficando à frente o Sr. Paulo de Cavalcanti de Petribu durante mais de sessenta anos, a Petribu tornou-se uma das maiores usinas do Estado e é referência no setor há quase um século. Com uma área industrial de 250 mil m² e uma área plantada de 22 mil hectares próprios, além de 10 mil hectares de fornecedores, sua capacidade de moagem/dia é de 8.500 toneladas, produzindo diariamente 18 mil sacas de açúcar de 50 kg e 200 mil litros de álcool. FONTE: www.petribu.com.br

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Say you, say meeeeeeeeee

No último sábado fui ao show de Lionel Richie no ginásio do Ibirapuera. Sim, leitor... LIONEL RICHIE. Meu lado ultra-mega-extra-power romântico falou mais alto e paguei uma pequena fortuna para, das cadeiras marrons, ouvir, cantar, apreciar os hits do meu ídolo. Ouço Lionel Richie desde pequena. Lembro que uma amiga que morava na minha rua (eu deveria ter 11, 12 anos) adorava “You are” e tinha essa música gravada numa fita K-7... aff... faz tempo isso! Sempre que eu ia a casa dela a gente ficava ouvindo. E ela dançando...

O ginásio não estava lotado. Acho que o preço dos ingressos afugentou os quarentões que, nos anos 70 e 80, dançaram ao som do Lionel de rostinho colado. Não é o meu caso, ok?! Sinceramente, não sei explicar o meu caso. Eu adoro música romântica, melosa, aquele tipo que não falta nunca um “I love you” no meio, sabe? De preferência americana (as rimas são mais melódicas e, se a letra não é lá essas coisas, a gente abstrai porque muita coisa não entendemos, mesmo...). Músicas românticas nacionais hoje em dia têm pegada sertaneja (que eu odeio com todas as minhas forças) ou brega total, tipo Roberto Carlos. Exceção para Djavan, por exemplo, que já gravou coisas maravilhosas, mas hoje em dia está meio em baixa. Tudo bem... você pode achar que Lionel Richie é brega... afinal, o romantismo hoje é uma coisa brega, né? Vá lá que seja. Pode até ser... Ok, ok, é brega, vai!!! Mas eu gosto, tá? Dá licença?

Well... voltando ao show... o cara atrasou 30 minutos. E eu comendo batata frita e bebendo guaraná, pra passar o tempo, rodeada de casais em clima “só love”. Sozinha. Imagina se Miguel ia sair de casa pra ver Lionel Richie??? Nem pensar!! Eu respeito, porque também não saio de casa pra ver as bandas que ele gosta (gênero chamado “rock progressivo”, que eu chamo de “rock depressivo”). Aí às 22 horas em ponto o ginásio escurece, o palco se ilumina parcialmente (luzes de neon azul!!) e entra aquela voz maravilhosa...a galera veio abaixo...aí percebi que não era ele ao vivo (ainda!), e sim tipo uma vinheta, uma mistura de “Hello” com aquela música “Everybody dance now”. Sabe qual é?? Putz! Sem noção. Caí na gargalhada. E fiquei me perguntando: o que isso tem a ver, gente?

A crise de riso foi rapidamente substituída por um gritinho de “uhuuuuuuu”, pois o Lionel entrou logo em seguida. Modelito “all black” (baita negão alto, 100% vigor aos 61 anos), cantando uma música que eu não conhecia. Aaaaaaahhhhhhhhh...mas o impacto negativo durou somente 3 segundos...a voz maravilhosa dele tomou conta do Ibirapuera e logo todos estavam cantando (quem sabia a música, claro!) e dançando. Na primeira salva de palmas todo o estádio estava de pé!!!


Foto do show de sábado

O set list foi absolutamente fantástico!! Ele praticamente só cantou hits...nada de músicas recentes pra promover CD, sabe? É honesto dizer que todo mundo ali queria ouvir os sucessos dele, até porque é disso que ele vive, e não de lançamentos...Mas antes de entrar no detalhe das músicas, um pouco da história do cantor:

- alcançou o sucesso no “The Commodores”, grupo de R&B (rhythm and blues). Ele era saxofonista.

- o grupo era um dos contratados da gravadora americana Motown, que lançou grandes nomes da black music, tais como Jackson 5, Diana Ross e Steve Wonder.

- Em 1982 iniciou carreira solo e já no álbum de estréia emplacou “Truly” (É linda! Ouçam!!! Essa ele não cantou no show...snif...).

- É pai adotivo de Nicole Richie, que ficou famosa participando, junto com Paris Hilton, de um reality show americano cujo nome não me vem à mente agora. (Ok, essa informação eu podia ter suprimido, porque não tem absolutamente importância nenhuma...ahahahah).

Voltando...Lionel foi extremamente simpático durante os 100 minutos de show. Várias vezes elogiou a platéia, a cidade, o país...disse que demorou muito pra vir aqui mas que agora não queria ir embora... E soltou vários “unbelievable”, “amazing” e, é claro “I love you”. Ganhou um ursinho de pelúcia branco, que colocou em cima do piano, e também uma almofada vermelha em forma de coração, com aqueles brações, sabe? É, minha gente...apesar de estar longe do palco, estava de posse da minha máquina fotográfica bombada, com zoom óptico de 20x. Em algumas partes do show ela me serviu de binóculo!! ahahahahahahaha

Detalhe: ele utilizou várias toalhinhas para enxugar o suor e a mulherada do gargarejo começou a pedir que ele jogasse as ditas...pra elas...e ele jogou várias! Argh...

Agora música a música, com comentáriossssssss:

- All around the world = É do Commodores e eu não conhecia…Muito legal…vou baixar no E-mule!!

- Penny Lover = Ele canta: “Now my love is somewhere lost in your kiss” (“Agora meu amor está perdido no seu beijo”). E também diz à Penny que ela é o maior desejo dele e que ele não precisa de mais nada além dela!

- Easy = Essa, leitor, você conhece. Aposto! Clássico do Commodores e toca até hoje na Antena 1...”That’s why I’m easy....I’m easy like Sunday morning....”. Ele no piano. Maravilhoso!

- No meio de “Easy” ele emenda “My Love”!!! Não contive o grito! Show......essa é linda...a melodia é incrivelmente romântica. Pode incluir na trilha sonora do momento mais cuti-cuti da sua vida!!!

- Ballerina Girl = é fofa essa música. Bem suave...

- Running with the Night = Mais agitadinha...Solo incrível do guitarrista, que era meio sósia do “Ovelha”.

- Still = Aqui ele voltou ao piano e cantou lindamente essa música. Começa assim: “Lady, morning’s just a moment away, and I’m without you once again...”. Ele e a amada estão passando por dificuldades…no final ele diz que apesar de tudo ainda a ama....o “ainda” (“still” em inglês) vem no final da frase...quase um sussurro...Uia!

- Oh, no = Essa é outra que tem a melodia linda, mas você tem que abstrair a letra, porque é péssima! Ele chama a mulher de “honey”, de “sugar”, mas deixa ela ir para os braços de outro....e aí não consegue dormir...Ah, faça-me o favor, Lionel!! Se essa música fosse nacional, teria sido gravada pelo Carlos Alexandre ou pelo Bartô Galeno! Mas eu cantei mesmo assim...:-)

- Stuck on you = Quem assiste novela conhece essa. Foi tema de “Vereda Tropical”. Eita!!! Lindíssima com a orquestra inteira. E novamente a platéia em coro: “...guess I’m on my way.....”

- You are = Aquela que a minha amiga gostava. Ainda toca muito no rádio...era chiclete de ouvido...”You need to know...I Love you so...and I’d do it all again and again…oohhh…oohhh”

- Three Times a Lady = Adoro essa. Uma declaração de amor e tanto! No refrão ele pediu pra galera cantar o “I Love youuuuuuuuuu”.

- Dancing On The Ceiling = Uma das poucas músicas dançantes da noite. O pessoal da pista tirou os pés do chão.

- Sail On = Também do Commodores. Já tinha ouvido algumas vezes, mas não é uma das minhas prediletas.

- Say you, say me = Essa devia ter ficado pro bis...Acho que é a música mais famosa dele...foi tema do filme “O Sol da Meia-Noite”, de 1985, e ganhou o Oscar de melhor canção original.

- Mais duas músicas do Commodores, “Fancy Dancer" e "Lady (You Bring Me Up)".

- Endless Love = Essa você também conhece, leitor. Dueto com Diana Ross, a música foi tema do filme “Amor sem fim”, com Brooke Shields (em 1981). Ele disse no show que como a parceira, Diana, não estava presente, as mulheres da platéia iam cantar no seu lugar. Delírio!!! Rios e rios de açúcar escorrendo pelas laterais do palco!!! “My Love...there’s only you in my life...the only thing that’s right…”

- Brick House = Outra desconhecida, do tempo do Commodores.

Aí ele foi embora. E voltou para o bis:

- Hello = O ginásio quase veio abaixo!! Altos coros...

- All night long = Essa foi pra agitar e se despedir em grande estilo...tem uma partezinha dela que parece música caribenha, mambo, sei lá...aí ele deu umas reboladas e disse que estava dançando igual à Beyoncé...rsrsrs

Foi embora de novo, abraçado à almofada de coração (o ursinho ficou em cima do piano). E ninguém arredava pé...faltava o grand finale...a apoteose...WE ARE THE WORLD.


Gentem...esse homem voltou pra cantar essa música e foi tu-do!!! O ginásio inteiro acompanhou...embora soasse estranho ele cantando a parte dos outros cantores, né? A gente tá acostumado a ouvir a música com ele começando e os outros cantores entrando, cada um na sua parte. E o primeiro refrão é de Diana Ross...mas valeu...

Acho que não tem preço ver e ouvir um ídolo. E São Paulo, como sabemos, é roteiro obrigatório dos grandes shows.... Essa é uma das poucas vantagens de se morar aqui, na minha opinião...ahahahaha....


Dia 26 de setembro tem mais: Chicago. Alguém conhece? Era o grupo do Peter Cettera, que cantava a música de Karatê Kid (o original, com Ralph Macchio). Não??? Não lembra??? “Glory of love”??? Ah, me poupe!!! Rsrsrs

E dia 6 de outubro, estarei eu, cantando “Blaze of glory” e suspirando pelo inoxidável JON BON JOVI no Morumbi. Gente...ainda tem ingresso, hein?! Aproveitem!!!
Bjs

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tentando meditar...

Nesses últimos meses resolvi experimentar coisas novas, a exemplo da dança (e, em breve, ioga...ah...e também o retorno à academia...faz mais de 3 meses que não coloco meus pezinhos lá!).

Essa semana foi a vez da meditação...hummmm...confesso que sou bastante cética em relação a essas coisas...comunicação com o “eu interior”, alinhamento de chakras, conexão com a “mãe terra”... Admiro quem curte, põe em prática e vive zen (ou tenta ficar zen), mas pra mim é complicado. Acho que tenho déficit de concentração, sabe? Mas quis experimentar e lá fui eu.


A primeira dificuldade foi acordar cedíssimo e sair sem café da manhã pra estar no banco às 8 em ponto (as sessões de meditação fazem parte do Programa Qualidade de Vida, cujas atividades o RH disponibiliza gratuitamente para os funcionários interessados). Consegui! Chegando à sala, imaginei que estaria cheia, com todo mundo sentado no chão. Para minha surpresa, só a Tati estava lá (minha colega de área e companheira nessa aventura). Depois chegou outra moça (acho que há mais céticos no mundo do que eu imaginava!). Aí a professora (não sei se é essa a denominação) começou a explicar como funciona o negócio. Iríamos fechar os olhos e nos manter sentadas nas cadeiras enquanto ela nos daria as instruções (a sala para a atividade é uma sala de reunião normal, com mesa e cadeiras, portanto a história de sentar no chão ficou apenas na minha cabeça). Deveríamos, então, seguir o comando da sua voz, que por sinal era suave, doce e baixinha...como teria que ser, né? Imagina alguém com um tom “gasguito” de voz, como a minha, por exemplo (tipo uma gralha esganiçada), te mandando relaxar o maxilar inferior...ahahahaha...filme de comédia pastelão!!!


Achei que era assim, na posição de lótus, que se meditava...

Bom...vou dizer pra vocês que consegui ficar os 40 minutos da sessão completamente inerte (sentada, tronco ereto, mãos sobre as pernas), embora sentisse meu pescoço doer um pouco. A professora nos orientou a relaxar todo o corpo – parte a parte, começando pelo couro cabeludo (não sei como se faz isso, mas abstraí) e terminando nos pés. Depois, induziu-nos a enxergar as luzes de uma imagem que nos entregou impressa antes da aula (procurei na internet pra postar aqui, mas não achei). Nessa imagem a pessoa está no centro de um cubo de luz branca, que por sua vez está dentro de outro cubo de luz azul. Ao redor do corpo da pessoa há uma luz roxa muito forte. E o corpo está refletido no chão (contato com o centro da terra). Acima da cabeça há vários círculos de luz de várias cores e, por fim, há uma luz amarela cortando o corpo de cima a baixo (entra na cabeça e sai nos pés). Deu pra entender? É uma imagem muito bonita, que transmite paz, serenidade.


Como já falei, a concentração é uma coisa complicada pra mim. De olhos fechados, em alguns momentos me dava tonturas e a vontade de abri-los às vezes era quase insuportável. De repente alguma parte do corpo coçava...ou alguém passava pelo corredor, conversando alto...e daqui a pouco a outra menina que estava meditando com a gente espirrava...e a professora falando, falando...nossa! Muito difícil...aí não deu outra! A mente vagou bonito...vagou tanto que deletei a professora do ambiente e comecei a pensar em coisas a fazer, tais como:


- avisar a Miguel que a professora de Alice marcou uma reunião na escola, e que eu preciso anotar isso na agenda;


- comprar Bisnaguinha pra Léo levar no lanche;


- ligar pra minha mãe e perguntar se ela estava melhor da gripe;


- checar por que a minha conta de telefone veio tão alta esse mês;


- marcar manicure;


- comprar presentinho para a amiguinha das crianças, que faz aniversário no sábado;


- ver com Rosângela (minha empregada) se o cheiro de fossa (sem noção!) que estava emanando do meu lavabo diminuiu...;


De repente, voltei a ouvir a voz da professora...e me dei conta que tinha perdido uma grande parte das instruções que ela estava dando. De certa forma eu meditei, né? Praticamente saí do corpo e me vi numa mesa, fazendo uma lista de tudo o que precisava providenciar nos próximos dias...rsrs....E nada, nada de luz. De cor nenhuma. Só aquele preto total, normal, que você vê quando os olhos estão fechados. Mas não fiquei frustrada, não. A professora nos advertiu no início da sessão que nem todo mundo consegue vê-las de início. E pra ser sincera, eu não tinha nenhuma expectativa. Só queria experimentar. O pior foi ouvir Tati, do meu lado, mandando muito bem na respiração (e provavelmente se vendo dentro dos cubos de luz). Praticamente uma profissional (ela faz pilates, ioga...e acho que vai virar habitué da meditação).


Após os 40 minutos, abri os olhos, dei uma espreguiçada e percebi que não estava com torcicolo. Pelo contrário. Estava completamente relaxada...o pescoço, os ombros, as pernas... E por isso resolvi voltar semana que vem. Comecei o meu dia como se tivesse feito uma massagem anti-stress. Que bom...porque fui do céu ao inferno em pouco tempo. No próximo post, vou contar a vocês como me perdi na Barra Funda e cheguei a uma reunião bem na hora em que ela acabou!


Beijos.

O que é que é isso, minha gente?????


Deliciemo-n0s com a capa da autobiografia do recém-assumido Ricky Martin...Nos EUA o livro vai se chamar "Me". Mais gay, impossível...
Maldades à parte, diz aí se não dá vontade de comprar o livro somente pra fazer um poster dessa foto???



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bailando mesmo......

Essa vai ser uma epopéia e tanto...minha trajetória rumo aos concursos de salsa!!!
Como falei no post do Rey Castro, há muito tempo tenho interesse em fazer um curso de dança. Pra virar um hobby, sabe? Não tenho nenhum hobby...não consigo ter um tempo pra fazer algo somente meu, que me faça desligar do mundo e relaxar. Bom...agora eu tenho! Desde a quarta-feira, dia 11, sou uma estudante de salsa. Pra ficar melhor, só se eu tivesse direito a carteira de estudante!!! Ahahahahah

Minhas aulas acontecerão toda quarta, das 8 às 9:30 da noite, no Centro de Dança Jaime Aroxa. É, minha gente, luxo&riqueza também na escola de dança...Jaime Aroxa, além de bailarino, é coreógrafo dos bons, jurado da Dança dos Famosos – uau!!! - e além de tudo é pernambucano. Cabra bom!!! Imagino eu que os professores da escola, seus pupilos, sejam igualmente bons, né não?


Esse aí é Jaime Aroxa, mas essa foto deve ser muito velha...

A primeira aula foi sensacional!!! Encharquei de suor e, oxalá, perdi 400 calorias (li isso em algum lugar...que numa boa aula de salsa você pode perder o equivalente a uma porção de feijoada, ou a um pedaço de pizza 4 queijos, ou a uma fatia de bolo de cenoura com cobertura de chocolate). É pouco...mas somado ao prazer de dançar...não tem preço!



A sala de aula é enorme e tem um espelhão que toma conta de uma parede inteira, para que os alunos possam ver o que os professores estão fazendo e para que possam se situar durante alguns movimentos (sim, tem gente que dá um giro e precisa de um referencial pra parar onde começou, sabe?). Devia ter uns 20 casais. Entenda-se “casal” não necessariamente um dupla - homem-mulher - que mantém uma relação estável, mas também um homem avulso que fez par com uma mulher avulsa, entendeu? Entenda-se por “avulso(a)” aquele(a) que se matriculou sozinho(a), sem a cara-metade, quando ela existe...Vixe...entendeu, não??? Resumindo, eu era uma mulher “avulsa”. E além de mim devia ter mais umas 15. Ou seja, até na aula de salsa falta homem. Uma tristeza. A salvação são os bolsistas, alunos mais antigos da escola que participam das aulas para suprir a falta dos cavalheiros. O problema é que nem sempre o bolsista é homem. Novamente o sexo feminino prevalece. Há, portanto, meninas que têm que fingir que são cavalheiros para dançar com as desacompanhadas. De novo, uma tristeza! Tudo bem...tá valendo se o intuito é aprender, né?


Profissional....

A metodologia de ensino é simples. Tem um casal de professores e cada um se encarrega de ensinar aos alunos o que cabe fazer aos cavalheiros e damas, respectivamente. E os passos básicos, já falei pra vocês que é fácil, né? É aquilo mesmo...o que eu pensei na prática – quando estava dançando com o Cebolinha no Rey Castro – confirmou-se na teoria: um passo pra frente, pára no meio, um passo pra trás, volta pro meio...e começa de novo. Além do “pra frente, pra trás”, aprendemos nessa primeira aula a variação do passo básico para os lados e também um giro simples. Vimos também que a salsa pode ser bailada com o casal junto ou solto. E por fim o professor lembrou que, como em todas as danças, o cavalheiro comanda os movimentos e “leva” a dama. Apesar de estar cansada de saber disso (todo mundo sabe), fiquei meio revoltada. Nós, mulheres, não mandamos nada no mundo da dança....Se você for a um lugar pra dançar e estiver num grau mais avançado da salsa (já fazendo aquele monte de piruetas que as profissionais fazem) e , por acaso, for dançar com um zé mané principiante, vocês vão ficar no “pra frente, pra trás” a noite inteira. Nada de passinho para os lados, nem de giro, nem de nada...se ele não dá o comando pra mudar de passo, você tem que permanecer na ditadura do basiquinhho. À dama não é permitido forçar um passo, nem mesmo largar as mãos do par e dançar solta. Tem que esperar que o tirano do cavalheiro lhe conduza. Não é o fim da picada? Fala sério...Ah, sabe como é o tal “comando”??? Pode ser um apertinho na mão (nada que vá quebrar os metacarpos da dama, claro!!!) ou um puxãozinho para a direção do novo passo. Parece simples, mas...sei não...vamos ver...

Posso dizer a vocês que tão divertido quanto passar uma hora e meia dançando foi mangar* do povo. A concentração de “Langos-Langos” era grande, viu? Tinha uma galera que nasceu com uma vassoura atrelada à coluna vertebral e outros que pareciam estar num desfile militar. Outros ainda que não conseguiam de jeito nenhum sincronizar braços e pernas e ainda aqueles que atropelavam o ritmo da música o tempo inteiro. Tem também uns que ficam olhando pro lado, pra ver como o outro está fazendo, e aí esbarram em alguém...ahahahahaha...e outros que pensavam estar aprendendo samba de gafieira. Uma coisa!!! Teve uma hora que mandaram a gente formar grande um círculo e ficar dançando o passo básico (pra frente, pra trás). Aí uma mulher começou a ir pra frente, literalmente, e daqui a pouco tinha saído do círculo e estava do lado da professora....ahahahahahahah. Mas também tinha os danadões...uns carinhas feios de doer que haviam feito o curso de férias e estavam se achando, tipo mexendo os ombros igual ao Beto Barbosa dançando “Adocica”. Tudo bem que eles não se ligaram que a aula era de salsa e não de lambada. Helô!!!!!!!!!!

Bom...apesar de não me considerar principiante (ao menos tenho ritmo e um certo molejo), em alguns momentos me peguei mexendo demais o quadril. A professora, sem querer me dar a direta, falou para o grupo que não era pra mexer muito o quadril, pois não estávamos dançando forró!!! Snif, snif...a herança nordestina me traiu...Ah! Também levei bronca da bolsista (fingindo ser meu cavalheiro). Ela reclamou que os meus braços estavam muito tensos, que eu tinha que relaxar. Ok, minha filha, vou melhorar. Me aguarde nas próximas aulassssssssssss.

Ah...no finzinho da aula os professores inventaram uma recreação. Como a essa altura do campeonato todos estavam em pares, graças aos bolsistas, um cavalheiro saiu da roda e, consequentemente, uma dama ficou sozinha. A música começou a tocar e cada vez que parasse, as damas teriam que mudar de cavalheiro. No final, a mulher que ficasse sozinha pagaria uma prenda. Hummmm....não gostei...brincadeirazinha mais machista!!! Por que não os cavalheiros correndo atrás das damas??? Hehehehehehe. A coitada da vez foi obrigada a dançar o Rebolation com o professor. Deprimente!!! Pelo menos ela ganhou um CD de salsa e todo mundo ficou com inveja dela...rsrsrs

E pra fechar com chave de ouro, o casal de professores deu uma demonstração de como se dança salsa de verdade. Rios de baba escorreram...

Já estou me preparando para quarta-feira. Dessa vez sem salto (ao final da aula, meus pés estavam me matando) e, quem sabe, de saia. Pra entrar no ritmo!!!

Deu vontade de dançar?
Leia mais sobre o assunto no Portal da Salsa: http://www.salsa.com.br/
Centro de Dança Jaime Aroxa: http://www.jaimearoxasp.com.br/

Beijos e até a próxima.

*Mangar = Caçoar, zombar, tirar sarro de alguém.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fomos a bailar...

Ontem, quarta-feira...frio danado...Fui com o pessoal do Banco (e mais alguns amigos agregados) ao Rey Castro, barzinho localizado na Vila Olímpia. Uma happy hour no meio da semana era tudo o que a gente precisava pra espantar o stress que anda nos rondando...hummmm. A desculpa para o evento foi a comemoração dos aniversariantes do mês de julho (eu, Lili e Alê). Lili não pôde ir, mas eu e Alê a representamos!

Há tempos eu estava com vontade de ir a esse lugar...entrei numa de querer aprender a dançar alguma coisa e a salsa é uma opção. Às quartas no Rey Castro esse é o ritmo da vez (a atração é Pedro La Colina e Sexteto Cañaveral). A clientela é formada por dançarinos amadores e profissionais, além de leigos, é claro, querendo aprender e se divertir. E só fica parado quem quiser...



Fim do expediente, lá fomos nós ao barzinho. Às 19:15 estávamos entrando no local, que tinha aberto às 19 e estava TOTALMENTE às moscas. Se você abstraísse a música ambiente, dava pra ouvir grilos, coaxar de sapinhos e cigarras...Visão desoladora. Tava mais frio lá dentro do que lá fora...Ainda bem que pelo menos já tinha garçon pra servir a gente (eu, Alê, Leandro e Marquinhos...Camila chegou logo depois).


Camila, eu, Alê e Leandro


As empresárias Camila e Carla e Gleisy


Andresa, Cilmara e Marquinhos

Bom...pra passar o tempo vamos conversar, né? Descobrimos que Marquinhos está aprendendo dança de salão. O coitado foi bombardeado por perguntas (principalmente minhas, absolutamente interessada pelo tema!) e aproveitou para desfilar todo o seu conhecimento recém-adquirido. Bom pra gente, que já foi se preparando para a epopéia... Marquinhos disse que seu professor sempre dá a seguinte orientação para as alunas: “Se um cavalheiro lhe tirar para dançar, aceite. Não dê tábua (expressão que significa declinar do pedido). Você vai se tornar uma dançarina que sabe bailar com qualquer pessoa”. Então tá. Mas que dá medo de se aventurar na dança com um expert, quando você não sabe nem os passos básicos, ah, isso dá! A boa notícia é que os passos básicos da salsa são básicos mesmos.

Sério!

É simples...

Pernas uma do lado da outra. Manda a direita pra frente, bate a esquerda no lugar, volta a perna direita pro meio, aí a esquerda vai pra trás e a direita bate no lugar. Depois volta a direita pro lugar e começa tudo de novo. Entendeu? Não????????

E mexe o quadril durante todo o processo...

E os braços também...

E dá umas mexidas na cabeça, senão fica estranho (se for mulher, pode jogar os cabelos para os lados. Lembre-se: não jogue os cabelos pra frente e pra trás...quem faz isso é roqueiro)

É fácil ou não é??? Pensa! Simples demais!

O difícil é fazer tudo isso ao mesmo tempo, no ritmo da música, e ainda rodopiar (no próprio eixo e/ou ao redor do(a) parceiro(a)), dar alguns passos pra frente e pra trás (rodando!!!), entrelaçar os braços em cima da cabeça e na frente do corpo...e ainda fazer cara de quem sabe o que está fazendo. Aff...pra isso, ou você entra numa escola ou bate carteirinha lá no Rey toda quarta-feira. Logo, logo você pode passar fácil por discípulo(a) de Carlinhos de Jesus.

Voltando ao bar...Cilmara chegou com a amiga Andresa e logo chegaram Carla e Camila, as irmãs empresárias. Também foram Kátia, Gleisy e Robson (quase um dançarino profissional!). E haja papo, minha gente...o relógio não andava...e descobrimos que Pedro&Seus Muchachos só começariam a tocar umas 11 horas da noite. A gente tava lá desde as 7 e eu já tava bocejando...Tomei uma coca-cola pra animar....Logo Robson começa a ensinar os passinhos pra Kátia, e eu fui junto, ainda ao som da música ambiente. Não preciso dizer que Marquinhos e Robson – minoria absoluta - logo se viram enrascados, pois a concorrência para dar uma bailadinha se tornaria acirradíssima. Aí chegou o Professor Cebolinha (não sabemos o nome dele), dançarino profissional, que chamou a gente pro meio do “dancing” (ainda é assim que chama o local na frente do palco onde a gente fica dançando??? Tô desatualizada!), pois estávamos meio escondidos num canto à penumbra. “Vamos nessa, pagar o micão”, pensei. O Cebolinha, então, dançou com Kátia, comigo, com Alê, com Gleisy e com todas as demais mulheres do nosso grupo. Sensacional! Ele tinha um jeito de conduzir...até parecia que a gente sabia mesmo o que estava fazendo. Na minha vez, ninguém tava me olhando. Aí gritei: “Ei, gentem, eu tô dançando salsa...vejam...ahahahah”.


O pé-de-valsa Robson e Gleisy


Alê e Cebolinha


Aqui vou fazer um aparte, pois vocês – amigos leitores – devem estar se perguntando por que estamos chamando o professor de Cebolinha. Well...Alê e Gleisy detectaram no moço um forte bafo do referido legume. Confesso que não senti nada, uma vez que me encontro acometida por uma crise de rinite. Portanto meu olfato está comprometido.

A essa altura a casa começou a encher. E começou o desfile de quarentões, figuras exóticas e personalidades do meio artístico:

- um clone do Cid Moreira, cabeleira totalmente branca e pele bronzeadíssima (certamente acabara de voltar de uma temporada em Ibiza), passou pela gente e tentou paquerar alguém do nosso grupo;

- uma versão menos glamurosa do Chiquinho Scarpa chegou e foi direto pro salão (ah, é salão que chama o lugar onde a gente dança, né não?) estava mega animado, bailando com uma de suas mulheres;

- o Ligador, da Oi, também tava lá. As costeletas dele estavam enormes...ahahahahahah

- um dos integrantes do Blue Men Group também compareceu...só que ele estava sem o blue...parecia um skin head alemão albino translúcido (esse acho que somente eu vi...juro! merecia uma foto, mas esqueci minha máquina em casa...leitor, por favor, imagine a pessoa – a visão do 'ser' na sua cabeça valerá a pena o esforço...credo!)

- uma mocinha com o cabelo ao estilo ‘black power’ nos chamou a atenção pela indumentária: estava de meia preta e plataformão vermelho

- tinha também um moço gordinho – dando pinta a cada rodopio...uia! - que dançava pra caramba. Parecia uma garça obesa deslizando no ar com seu bailado delicado e harmonioso...Em homenagem à pessoa, Camila (a empresária, num pretinho básico lindoo!!!!!) soltou a seguinte pérola: “Bicha não dança...bicha esnoba”. Óbvio que entrou para os anais!

- e havia um casal bem atrás da gente que dançava sem parar. Dançava, não, né? Porque o negócio tava sofrível...a mulher ia pra um lado, o cara ia pro outro. Culpa dele, aparentemente. Parecia um Lango-Lango bêbado (desculpem o veneno...hehehe)

Quando todo mundo já tava se sentido em plena Dança dos Famosos, a banda começa a tocar. Muuuuuuiiiiiiito bom!!! Aí percebemos que o local estava apinhado de gente. Os garçons tinham dificuldade pra andar e dançar já não era uma opção, a não ser que você topasse esbarrar em alguém a cada remelexo. Nossa amiga Kátia não se importou com a lotação esgotada e foi quem mais dançou – Cebolinha “se apaixonou com ela” (como diria Hozana) e veio tirá-la pra dançar várias vezes. Depois teve mais uns 3 moços que vieram dançar com ela. Como boa ouvinte dos conselhos do Marquinhos, ela não deu nenhuma tábua...ahahahah. E nos momentos vagos Robson foi o seu par. Pense num fôlego.


Kátia e Cebolinha dominando o "dancing", ou melhor, o salão

No intervalo da banda, quis ir pra casa. Aí descobrimos que o nome do DJ que anima o bar é “Branco”. Só que o cara é um negão (ops...afro-americano) de 1,90m, com o cabelo rastafári e figurino à La Bob Marley. Pode?

Era quase meia-noite e lembrei de ter lido no site do Rey Castro que às quartas havia uma professora para ensinar os passos da salsa (e merengue também) aos clientes da casa. Quando eu estava pagando a conta, a aula começou. Muito legal...não deu pra ver tudo, mas fiquei com gostinho de quero mais. Com certeza voltarei!

Aos participantes dessa epopéia, super obrigada pela presença. Foram momentos muitíssimo divertidos.
Beijos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aventura no Agreste Pernambucano

Durante minhas férias vivi uma epopéia que não gostaria de ter vivido. Meu Leozinho quebrou o braço... Querem saber o que eu passei? Leiam abaixo...

Eu fui conhecer o chalé da minha irmã em Gravatá, uma cidadezinha do interior distante de Recife mais ou menos 1 hora, cujo clima é bastante aprazível nessa época. Inclusive é uma das cidades – junto com Garanhuns, Triunfo e Taquaritinga - do chamado Circuito do Frio...bem...o pessoal de lá ACHA que faz frio, né? Minha irmã, mesmo, que adora uma bota e um sobretudo, tira tudo do armário quando faz 20 graus e sai pra passear. Meu vestuário durante o pouco tempo na cidade foi basicamente o mesmo: camiseta, bermuda e chinelos. Ela me olhava, perguntando: “Tu não tais com frio, não, mulher??? Vixe, tô congelando...”. Ahahahahahah.


Simone com Heitor no colo e o trio parada dura: Isa, Léo (antes do gesso) e Alice. Eu de fotógrafa...

Chegamos lá na sexta à noite, pretendendo ficar até a segunda pela manhã. No sábado à tarde resolvemos levar as crianças a um resort local, que estava promovendo diversas atividades e brincadeiras durante o mês de julho (para hóspedes e visitantes). Simone foi dirigindo e eu fui no banco de trás, com Heitor (1 ano e 2 meses) no colo, e mais Alice, Léo e Isadora (5 anos). Pensa na loucura! Uma creche, praticamente. Bem que podíamos ter levado a empregada pra ajudar, mas não...as duas “danadonas” encararam a empreitada, visando ganhar o troféu “Mães do Ano” oferecido pela “Associação das Mães que Não Têm o Que Fazer com 4 Crianças Num Fim de Semana de Julho”.

Após um breve city tour, chegamos ao Hotel Vila Hípica e o primeiro desafio foi topar pagar R$ 40,00 por criança (passaporte para todas as atrações) e mais R$ 5,00 da entrada (também por cabeça). Baita preju, mas quem sai na chuva é pra se molhar, né? Viva o cartão de crédito!!! Minha irmã ainda quis desistir (eu deveria tê-la ouvido), alegando que o tal passaporte era o mesmo preço do ingresso pra ver os palhaços Patati&Patatá (megashow infantil que aconteceria naquela mesma tarde, em Recife, e que ela tinha deixado de ir por ter achado caro....ahahahahahahahaha). Após um pequeno debate sobre finanças, entramos. Tinha de tudo lá dentro: patinação, futebol, piscina de bolinhas, cama elástica, pula-pula...as crianças enlouqueceram e já foram brincar (com exceção de Heitor, que se manteve no colo da mãe).

Não foram precisos mais do que 5 minutos para que eu avistasse um dos monitores com Léo no colo, berrando. Olhei pra Simone e falei: “eita, já caiu...”. Acenei pra ele, esperando que ele saltasse do colo do moço e viesse me encontrar. Mas o monitor continuou andando – em direção às auxiliares de enfermagem lá presentes - e percebi que havia algo errado. Corri pra lá e quando olhei o bracinho dele, vi de cara que tinha quebrado. Ele urrava de dor e sequer conseguia ficar parado, para que colocassem uma tala para imobilizar o braço. Fiquei alguns minutos sem saber o que fazer, até que pedi pra alguém chamar um táxi, para que eu levasse Léo a algum hospital local (Simone não podia me levar, porque não tinha quem segurasse Heitor no banco de trás do carro...alguém avalia o desespero?). Logo fui informada que só havia um hospital na cidade. Público. Hospital público. Nenhuma clinicazinha particular estava aberta no sábado à tarde. Numa situação dessas, o gravataense ou corre pra Caruaru ou pra Recife.

Bom...resolvido que eu iria pegar um táxi, veio a pergunta: como Simone voltaria pra casa com as outras 3 crianças???????????? Lembramos que nossa irmã (por parte de pai), Karla, estava na região para o casamento de uma amiga. Simone ligou pra ela, que prontamente correu pro hotel. Ufa!

Próxima cena: Léo, ainda berrando, e eu, um caco humano, dentro do táxi. Pedi ao motorista que nos levasse ao hospital e perguntei quanto daria a corrida. “Uns R$ 10,00”, ele respondeu. Abri a carteira e vi que só tinha R$ 7,00. Ri por dentro. Se a cidade não tinha condição de atender um acidentado durante as férias, onde raios eu encontraria um caixa eletrônico? Iria eu arrastar Leonardo em prantos, soluçando e urrando de dor, para o shopping local e vagar pelos corredores, procurando um Banco24Horas? Bom...eu tinha algumas alternativas... Uma delas era sair pelos fundos do hospital e dar o calote no taxista. Mas e se o hospital não tivesse porta de fundos? Que loucura é essa que eu estou pensando, meu Deus? Poderia, também, deixar meu cartão de visitas com o Joilton (sim, esse era o nome do motorista) e dizer a ele que quando ele viesse a São Paulo eu pagaria a corrida. Que tal essa? Não? E se eu pedisse esmola na rua? Léo chorando, com um papelão no braço, em forma de tala, todo enfaixado, podia ajudar a convencer as pessoas. Com cara de doida eu já estava... o que mais eu precisaria fazer pra que se compadecessem de mim e do meu pobre pequeno? Todos esses pensamentos varreram minha cabeça durante uns 30 segundos. Olhei pro Joilton e disse: “Vamos embora pro hospital, moço.” E pensei: “Deus proverá!”.

A visão do hospital era deprimente. Não estava lotado, mas independente da quantidade de gente, o visual era punk. O preenchimento da ficha durou uns 2 minutos...a atendente deve ter pulado alguns campos do formulário porque não tava agüentando os gritos do menino. Fomos encaminhados para a sala ao lado, de frente para a porta do consultório do médico, e informados que havia 3 pessoas na nossa frente. Em poucos segundos, além de Léo, eu também gritava. Perguntei aos presentes se eles sabiam o significado da palavra PRIORIDADE. Sim, porque das 3 pessoas que estavam esperando, uma deveria estar com dor de cabeça, a outra com uma diarréia contida e a terceira com câimbra no pé. Nenhum sinal de emergência. Aí o vigilante do hospital deixou o seu posto e veio falar comigo. Disse que eu seria a próxima a entrar. Bom...se o vigilante mandou, tá mandado!

Logo falamos com o médico, que sequer levantou o olho pra mim. Encaminhou-nos ao raio-X e mandou dar dipirona ao paciente, que àquela altura já não tinha lágrimas pra derramar. Só soluçava e gemia de dor. O exame mostrou a fratura do rádio (um dos ossos do antebraço), próximo à região do punho. Braço direito. A auxiliar do médico veio falar comigo. Perguntou se eu tinha ou não um plano de saúde. Se eu tivesse, deveria levar o menino imediatamente a um ortopedista, para os procedimentos necessários. Se não tivesse, deveria me dirigir novamente à recepção para colocar o nome do menino numa lista. Na segunda-feira iam mandar a lista para não-sei-onde, e na terça eu deveria voltar ao hospital para saber quando seriam distribuídas as fichas. Após pegar uma ficha, poderia marcar uma consulta com o ortopedista para não-sei-quando... Fiquei meio tonta com a mulher falando aquilo pra mim. Saí do hospital, enquanto catava na bolsa o celular pra ligar pra Simone. Mas cadê o celular? Lembrei que havia deixado o aparelho dentro da bolsa da máquina fotográfica...ai meu Deus! Localizei um orelhão – ligação a cobrar - e avisei Simone que estava seguindo com o taxista pra Recife.

Falei com o Joilton que iríamos pra Recife...o coitado nem imaginava que o pagamento da corrida perigava não acontecer. A cada novo evento minha dívida com ele aumentava e já estava pensando em procurar uma financeira pra tirar um empréstimo. Quando entramos no carro, avisei-o que ao chegar a Recife precisaria procurar um caixa eletrônico, pois o dinheiro que eu tinha não era suficiente. Ele respondeu que não tinha problemas, visivelmente preocupado com a criança (acho que ele devia ter filhos).

Leonardo entrou no táxi praticamente desmaiado. Estava grogue, por causa do remédio que deram a ele no hospital. Pegou no sono em 2 minutos, apesar de continuar soluçando baixinho. Quando o táxi partiu, foi minha vez de desabar. Chorei contida, mas profundamente. Não só pelo estado do meu filho, mas pelo que vivenciei e ouvi naquele hospital. Coloquei-me no lugar de outras mães na mesma situação e pensei o que elas fariam se tivessem que esperar 15 dias para engessar um membro quebrado do filho. Que mundo é esse??? Aproveite para rezar e pedir forças a Deus para enfrentar aquela viagem. O céu estava escuro, cheio de nuvens que pareciam de chuva, mas que depois se dissiparam. O Joilton começou a pisar fundo, observando meu desespero pelo retrovisor. Pedi a ele que não corresse, disse que estava tudo bem.

Lembrei que precisava falar com Simone. Perguntei ao taxista se podia usar o celular dele e que faria a ligação a cobrar. Ele perguntou se o número da minha irmã era Claro ou Tim. Respondi, ele catou um dos celulares e me deu, dizendo: “Pode usar à vontade. Tem bônus”. Dei um sorriso e lembrei que ainda tem gente boa e gentil no mundo, né não? Durante o resto da viagem me apossei do celular Claro do Joilton, pois recebi várias ligações de Simone, querendo saber como estava Leozinho. Pedi a ela que avisasse os meus sogros pra onde eu estava indo. Aí o telefone toca de novo. Atendo. “Quem fala???”. Era voz de mulher, meio surpresa. Vixe! Entreguei o aparelho ao Joilton e disse: “Acho que agora é pra você...hehehe”. Ele atendeu e dispensou a coitada em 1 minuto, me devolvendo o telefone. Acho que era a mulher dele...será?

Chegamos a Recife no início da noite e nada de achar um caixa eletrônico no trajeto até a clínica de fraturas. Léo acordou, aparentemente sem dor e bastante tranqüilo. Já em frente à clínica, perguntei ao Joilton quanto era a minha dívida. “R$ 130,00”. Baratíssimo! Mas eu só tinha R$ 7,00 e nenhuma folha de cheque. Minha sogra, que já estava lá nos esperando, quitou minha dívida. Ufa! Porém não tive tempo de agradecê-lo devidamente pela atenção e gentileza com que nos tratou. Fiquei com o cartãozinho dele e ainda pretendo contactá-lo (ou mandar uma telemensagem, sei lá!). E quando for de novo a Gravatá, sem dúvida vou procurar revê-lo.

Na clínica, o bracinho do Léo foi engessado e logo ele estava saltitante, como de costume, e animado com a novidade (vê se pode...se animar com um braço quebrado...). Ao chegarmos em casa, viu no Jornal Nacional que aquele dia, 10 de julho, era o dia da Pizza. E disse que queria jantar pizza. Comeu 2 fatias e assistiu Ben 10 no Cartoon Network. Antes de dormir, pediu que eu escrevesse algo no gesso. Desenhei um monte de corações, um de cada cor, e escrevi: “Pitchuco lindo, Mamãe te ama demais”. Ele me deu um abraço, um beijinho e adormeceu.



Dedico essa epopéia a todas as mães que dariam tudo para estar no lugar do filho em um momento de dor ou sofrimento como esse.

P.S.: Leonardo Medeiros de Freitas ainda vai passar umas 2 semanas com o bendito gesso no braço. Ontem (28/07) fomos a um ortopedista, que sugeriu reforçarmos o gesso, tendo em vista a situação geral...sujo, largando fiapos para todos os lados, praticamente oco (ele arrancou todo o algodãozinho que protege o braço antes de colocar o gesso, sabe?) e com vários pontos absolutamente desgastados (quase esburacados) de tanto ele bater o braço em todo lugar. O braço dele estava parecendo o de um figurante do clip “Thriller”, do Michael Jackson. E, Senhor, dai-nos paciência pra continuar dando banho naquele menino, com o braço todo enrolado em sacos plásticos do Carrefour....rsrsrs

Beijos.

sábado, 17 de julho de 2010

30 e poucos anos...

Dia 8, primeira semana de férias em Recife, promovi uma baladinha para poucos e chegados amigos, para comemorar meus 37 anos (carinha de 28 e corpo bom de melhorar com malhação).

O local escolhido foi o Spirit Bar (se vierem à Recife, não deixem de ir!!), que tem música ao vivo todos os dias, para todos os gostos. Optei pela quinta-feira, dia de forró-de-pé-de-serra (turbinado por alguns instrumentos eletrônicos..hoje em dia não tem jeito...não dá pra tocar forró somente com sanfona, zabumba e triângulo, né?).



Foi divertidíssimo, mas percebi que realmente estou ficando velha! No intervalo entre as duas atrações da noite no bar, o DJ tocou umas musiquinhas que estão no topo da 89 FM e similares (aqui em Recife seria a 103.1 - Mix FM). Eu conhecia todas elas...dancei e até cantei algumas (...). E aí eu me toquei que só reconhecia os hits por causa dos meus filhos de 6 anos, que já são fãs das batidas hip-hop. Que deprê!!! Se dependesse das minhas preferências musicais, teria ficado sentada, fazendo cara de conteúdo e apreciando a galera se requebrando ao som de Black Eyed Peas. E sentiria saudade das baladas melequentas de Lionel Ritchie (que por sinal vai tocar em SP em agosto...e eu estarei lá! hehehe).

Não preciso dizer que, considerando meus atuais hábitos noturnos, estava caindo de sono à 1:30 da manhã. Meus pés? O que dizer dos meus pés? Inventei de estreiar uma sandália nova, com salto extra-mega-power. Sexta-feira sem andar direito. Fazer o que? Ainda bem que a velhice não chega só pra mim...
Beijos pra vocês.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Férias, enfim! Mas cadê o avião?

Gentem, voltei! 2 de julho foi meu último dia de trabalho antes das férias. E já no sábado, dia 3 (véspera do meu níver), viajei para Recife, onde estou hoje. E férias com criança, vocês sabem, é sinônimo de epopéia, né? Uma só não...várias. A primeira eu conto agora e foi, é claro, no aeroporto.

A neblina foi a responsável pelo fechamento de Cumbica na manhã (ou madrugada, não sei bem...) do sábado, dia do meu vôo, que inicialmente estava marcado para as 13:40. Como a manhã foi corrida, não acessei internet, nem vi televisão. Chegando ao aeroporto, com um bom tempo de antecedência, não estranhei a lotação, tendo em vista que julho é mês de todo mundo viajar. Fizemos o check-in e a mocinha da Gol não falou nada. Também não me dei ao trabalho de olhar o painel dos vôos e, portanto, estava completamente por fora do caos que me esperava.

Um detalhe interessante no meio disso tudo: somente eu e as crianças embarcaríamos. Miguel só iria viajar 10 dias depois. Achei que dava conta de arrastar malas, subir/descer de avião e cuidar de duas crianças de 5 anos. Nada de mais! Porém a Lei de Murphy entrou em ação e todas as zebras cruzaram meu caminho.

Entrei na sala de embarque com Léo e Alice, levando minha bolsa e mais uma pequena mala de mão contendo: dois travesseiros pequenos, dois lençóis de bebê (às vezes as crianças dormem e gosto de ter um lençolzinho à mão, mas não os utilizei nesse vôo, infelizmente), um laptop, uma máquina fotográfica, algumas guloseimas (biscoito, suquinho, salgadinho...mãe prevenida...hehehe), livrinhos de pintar e algumas canetinhas/lápis de cor. E, é claro, as duas malinhas sem alça...uma de cada lado. O pai, livre para voar, deu as costas e se foi. E lá fomos nós...

A sala de embarque parecia, tipo, um campo de concentração. Absolutamente lotada...gente em pé e sentada (nas cadeiras e no chão). E muitas, muitas crianças. Continuei achando que era normal, por causa das férias. Aí Miguel me liga dizendo que os vôos estavam todos atrasados. Quem teria que embarcar às 10 da manhã ainda estava esperando. Eram umas 13:15. Desliguei o telefone e olhei para minhas pobres crianças, antevendo o que me esperava. Ai, ai, ai...

Resolvemos sentar no chão, encostados à parede. Não foi fácil achar um espacinho..acredite! O negócio estava concorrido...foi sorte conseguirmos um lugar...Meus filhotes, de início, ficaram quietinhos...deitaram no meu colo. E logo eu não sentia mais nada da cintura pra baixo. Os pés estavam dormentes (sabe quando fica formigando e você nem consegue tocar???). Aí Léo levantou e perguntou se ainda ia demorar muito. Falei que sim e sugeri que eles tentassem ler as inúmeras informações disponíveis na sala de embarque, para testar a nova habilidade (sim, meus pitchucos já estão lendo tudo!!!). Eles levantaram, animados, e começaram a ler tudo: "De-vas-sa cer-ve-ja-ria"; por-tão de em-bar-que 7"...aí eu li uma plaquinha que dizia "Wifi Infraero". E lembrei que estava com o laptop na mala de mão. Carregado! "Vamos entrar na internet", pensei. Liguei o danado, tentei conectá-lo e nada! Mais uma tentativa...nada! !@#$%¨&*. Léo se frustrou. Já estava sonhando com o site do Cartoon Network. Uma lástima...Alice pediu, então, pra jogar Paciência Spider. Abri o joguinho pra ela, e Léo continuou tentando ler alguma coisa. Logo ela cansou...e Léo também. Saquei da mala os livrinhos e as canetinhas. Não consegui mais do que uns 7 minutos de paz. Aí apelei para as guloseimas: uns 11 minutos de sossego. As indagações e sentenças se multiplicaram: "Mãe, tô cansada". "Mãe, quero ir pra casa". "Mãe, Vovô tá esperando a gente? Ele vai cansar e vai embora". "Mãe, quando a gente chegar em Recife já vai estar de noite?". Ai, meu saquinho...E agora??? A essa altura já eram umas 15:00, quando o alto-falante informa que nosso embarque iniciaria em 15 minutos. Euforia geral!!! Léo já tinha decorado o número do vôo e cada vez que a moça da Gol começava a falar, ele ficava atento, esperando ela dizer o 1666, com destino a Recife. Ahahahahaha...tadinho!!!

O início do embarque demorou um pouco mais...e novamente apelei pra tecnologia, que de novo me faltou. A TV do meu Samsung Star não tinha sinal...!@#$%¨&*. Tentei o rádio. Ufa! 89 FM!!! Saquei o fone de ouvido e entreguei para os dois. Cada um pegou um fone e colocou numa orelha. Daqui a pouco estavam dançando timidamente ao som de Rihanna. Depois Black Eyed Peas...e em seguida Justin Bieber...Kesha...Lady Gaga...A diversão durou uns 15 minutos, até que nos chamaram pra embarcar.

E adivinha??? Tínhamos que pegar o raio do microônibus pra chegar ao avião. Acho que em 5 anos que moro em SP, foi a primeira vez que não usamos a plataforma pra chegar ao avião. Depois desse tempo todo, pensa o que foi subir aqueles degraus com uma das mãos ocupadas e arrastando Léo e Alice. Ele, é claro, se enfurnou atrás da última cadeira e se deitou. Por alguns segundos o perdi de vista e quase entro em pânico. Aí ele se levanta, olha pra mim e fala "tcharam...te peguei, Mamãe". Eu ri. Alice, como sempre, não largava da minha mão um só instante.

Entramos no bendito avião, que decolou mais ou menos às 17 horas. Nesse horário eu devia estar chegando a Recife.

O vôo...bem...os gêmeos Leonardo e Alice conseguiram ter vontade de ir a banheiro duas vezes cada um, e AO MESMO TEMPO. Quando dava vontada em um, dava no outro. Na primeira vez, o serviço de bordo estava rolando. Um carrinho em cada extremidade do corredor. Por onde passar? Pedi licença ao comissário para tentar chegar ao banheiro com os dois. Ele olhou pra mim e disse que eu aguardasse ele terminar de atender um passageiro. Olhei pra ele e falei que tudo bem, mas que talvez meu filhote fizesse xixi nas calças até que ele pudesse encher o copinho descartável com Kuat light. Ele me fuzilou com os olhos, deu ré no carrinho e eu corri com os dois... Na segunda vez Léo disse que precisava fazer o "número 2". Alguém merece???? Vocês têm alguma noção do que é estar dentro de um banheiro de avião com 2 crianças, sendo que uma está na privada e a outra está mexendo no lixo (ou no papel higiênico, ou enchendo e secando a pia)??????????? E você não tem a mínima noção de como o seu traseiro está cabendo ali??? Sim, porque você está na posição em que Napoleão perdeu a guerra, tentando limpar um bumbum, sabe? Então...Desenvolve a cena.

Chegando a Recife, adivinha? Microônibus de novo!!! Putz!!! Eu já tava pedindo clemência a Deus por todos os pecados cometidos até ali. Pedindo a Ele pra zerar o saldo de mal-feitos e começar de novo...sem mágoas. Léo fez o percurso pendurado nas alças de apoio do ônibus. E Alice segurando minha mão. Santinha!!

Well...cheguei viva. No desembarque, os pequenos correram para encontrar os avós e lá fui eu resgatar 3 malas da esteira de nº 2. A mala maior me cabe dentro, pra vocês terem uma idéia. A média estava cheia de sapatos. E a cor de rosa veio lotada com as coisas da minha princesa. Consegui pegar as duas menores com facilidade. Moleza. Já a mala grande acertou meu pezinho, quando a arrastei pro chão. O roxo ainda não sumiu, apesar das camadas diárias de Hirodóide. !@#$%¨&*.

Felizmente, meu mal-humor foi embora quando senti o calorzinho de 28 graus.
Um beijo pra vocês.

PS.: Esqueci de contar que a espera no aeroporto, antes da entrada na sala de embarque, foi aplacada pela esfuziante e espetacular vitória (arrasadora) da Alemanha em cima de Maradona & Los Hermanos. Tem coisa melhor?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Luxo & Riqueza: amo muito tudo isso

Estou R$ 86,90 mais pobre hoje. Ou melhor: R$ 106,90 mais pobre, porque ainda teve o táxi pra casa. Mas cada centavo valeu a pena. Minha epopeia de ontem foi sensacional, especial, luxuosa, outstanding.

Eu e mais 7 amigas fomos assistir ao filme “Sex and the City 2” na sala de cinema mais luxuosa de São Paulo. Casamento perfeito, porque o filme é um luxo. Falo sobre ele já, já...

O cinema fica no Shopping Cidade Jardim, templo dos (muito) endinheirados, belos e bem arrumados paulistanos. Cheio de lojas de grife internacionais, o Cidade Jardim é lindo por fora e por dentro. Tem um ar arrojado, agradável e simples (porque, vocês sabem, no mundo dos ricos que são realmente chiques, a máxima “menos é mais” continua em alta). Chamaram a minha atenção os ventiladores de teto espalhados pelo piso térreo. Daqueles que não ventilam nada, mas dão um certo charme.

Luxo & riqueza à parte, a ida do banco ao cinema não teve nada de glamuroso. Seis pessoas se apertaram no carro de Alê, apesar de termos 3 veículos à disposição. À sensação de estar numa lata de sardinha some-se o medo de nos perdermos nas quebradas da Marginal (e, pior, perdermos o início do filme), já que a guia atendia pelo nome de Hozana. O coração dela é cheio de boas intenções, mas...sabe como é...quem a conhece sabe do que estou falando....hahahahah....Te amo, amiga!!!


Olha a Hozana deitada no ombro de Alê...Terezinha não saiu porque está atrás do
banco da motorista

Bom...Hozana acertou o caminho e Alê, chique de doer, passou reto na cancela do estacionamento. “Meu carro tem o ‘Sem Parar’”, falou com orgulho. A gente bateu palma, né?! Epopeia chique é assim mesmo!!! Bom...nem tão chique assim....rsrs...no momento seguinte estavam todas coçando o traseiro, para dar sorte e fazer aparecer uma vaga pra estacionar. “Como assim?”, perguntei assustada. “É tiro e queda...basta coçar que a vaga aparece”, disse Alê, convencida que o negócio funcionava. Vixe!!! Mas não é que apareceu não só uma, mas 2 vagas???? Deu até pra escolher...

Após deixarmos o carro próximo da escada rolante que dava na frente da “Channel”, fomos procurar um quiosque que vende o melhor bolo de chocolate do mundo. Idéia da Juliana que, por pouco, não sofreu um choque anafilático nas últimas horas. Ela passou a tarde na rua 25 de março, comprando badulaques da Copa do Mundo. E veio direto de lá para o Cidade Jardim. Pensa: do lixo ao luxo em meia-hora!!! Nem todo coração aguenta isso... E ela apareceu, sacolão em punho, na entrada próxima à loja “Louis Vuitton”... Quanto ao tal bolo, o visual do dito cujo não agradou. Desistimos. E fomos procurar o elevador.

Ah, o elevador...panorâmico, é claro! A ascensorista ficou assustada com a mulherada. Todas falando ao mesmo tempo...e rindo...e perguntando o andar do cinema. Era o 3º...

Descemos e fomos direto para a bombonière, degustar as guloseimas 5 estrelas. Só que a bombonière era a de pobre...a gente queria a de rico...ahahahaha....

Explico: a de pobre você compra as coisas e leva tudo na mão pra cadeira. E as opções são as mesmas de um cinema comum. Não era isso que a gente queria, óbvio! Mentos, coca-cola e Suflair eu compro lá no Plaza Sul, faça-me o favor, né? Já a de rico...bem...continuem lendo...

Avistamos, então, o Éden...o espaço vip daqueles que pagaram R$ 45,00 para ver o filminho. No nosso caso, R$ 48,90, porque tem os R$ 3,90 de taxa de conveniência pela comodidade da internet. Entramos, meio desconfiadas (a exceção de Hozana, que parecia ser “habitué” do local...) e sentamos nos sofás do lounge. Pagamos o mico universal: fotos!!!


Juliana, Eliane, Hozana, Terezinha, Camila, Alessandra e Carol, no lounge

Conversamos, ligamos para os maridos (pra saber se estava tudo bem em casa...rsrsrs) e finalmente nos entregamos à primeira parte da aventura: a comida!!! O que você come normalmente no cinema? Seja lá o que for, esquece!!! No cardápio, impresso em papel couché fosco e detalhes em hotstamping (vê no Google!), ricamente ilustrado, podíamos escolher opções de vinho, espumante, águas aromatizadas, petisquinhos chiquezinhos e a boa e velha pipoca com um toque especial: vários tipos de azeite para acompanhar (porção à parte, ao módico valor de R$ 5,00). Uma pechincha. Dá quase pra comprar uma lata de Gallo, não dá, não?

Para conhecimento, o meu cardápio:
- taça de vinho rosé chileno: R$ 16,00
- porção de churros com doce de leite: R$ 10,00 (dizia no cardápio que "harmonizava" com o vinho. Segui a dica!)
- pipoca pequena: R$ 7,00
- porção de azeite trufado: R$ 5,00.

E aqui vai um lamento. O único porém da minha noite foi esse raio desse azeite. Tinha cheiro de óleo de mecânico (pernambucano falaria que tem uma catinga danada!). Por isso não me atrevi a derramá-lo em cima da minha pipoquinha. Vai ver meu olfato é subdesenvolvido e não preparado para odores “especiais” como aquele. Hoje eu soube que esse danado é feito de um fungo silvestre. Ah, fala sério! Fungo?????

A conta deu R$ 38,00, paga na função “débito” do meu Platinum. Aí a atendente me pergunta: “Qual a sua cadeira?”. “G 07”, respondi. “Peço aguardar na poltrona, que entregamos no ‘start’”. Hããããããã????? Carol me explicou que o ‘start’ é quando começam os trailers....ah, sim! Então tá! Fui embora meio tonta, lembrando que não informei o CPF para a nota fiscal paulista. !@#$%¨&. E automaticamente veio à cabeça uma máxima de autor desconhecido:

"O pobre deixa a pobreza, mas a pobreza não deixa o pobre”.

É fato!

Antes de entrar na sala, fui ao banheiro. Tinha que ver como era banheiro de cinema de rico, né? Normal...Nada de mais. O banheiro do Shopping Morumbi é mais bonito...

Agora a segunda parte da aventura. A sala!!! Imensa para a quantidade de cadeiras (umas 120). Enormes. De couro marrom. Mega-ultra confortáveis. Dava pra passar um caminhão entre uma fileira e outra. Perigo zero de alguém ficar batendo o pé na sua traseira. Sentei e, com ajuda (dã!), achei e acionei a alavanquinha que deitava o encosto e levantava o descanso de pés. Tem noção?? Deitei!!! E sorri!!! A cada duas cadeiras, o braço central levanta, transformando-as em praticamente uma cama de solteiro (para os namorados, um prato cheio!). Por fim, testei a mesinha para colocar o lanchinho (feita com uma pedrinha de granito preto). Mais mico universal: fotos!!!


Sente o conforto...

Aí, estamos nós estateladas nas poltronas, ouvindo música de primeira (da Rádio Cinemark), quando, bem na hora do ‘start’ (trailers), lá vem as mocinhas com os nossos pedidos. Alê ficou tão nervosa que derrubou a batata frita....Maior barulhão...Como todo mundo era muito chique, ninguém nem se mexeu...todos fizeram de conta que havia caído um lenço no chão...ahahahahah.


Carol pediu uns bolinhos de não-sei-o-que, com cream cheese, chiquérrimos e deliciosos

O filme só veio coroar a experiência 5 estrelas. É divertidíssimo. Recomendo. Mas é filme pra mulher, hein? Tudo o que pode agradar o sexo feminino está lá:
- mulheres lindas e bem-sucedidas – como nós – passando por problemas na vida pessoal e profissional – e resolvendo esse problemas!!! A gente sabe que na vida real não é tão fácil, mas quem se importa?
- Marrocos em paisagens deslumbrantes (no filme é Abu Dabhi, mas na real é Marrocos);
- muito, muito, mas muito luxo&riqueza;
- figurino impecável (com raros deslizes), incluindo sapatos...muitos sapatos...lindos!!! Alê enlouqueceu...hahahahaha;
- homens que mais pareciam deuses gregos fugitivos do Olimpo, com o peitoral (e outras coisitas mais) à mostra;
- final feliz pra Carrie e suas amigas Samantha, Miranda e Charlotte.



Como raramente consigo tempo (e disposição) para ir ao cinema, decretei para mim mesma que a partir de agora só assisto filmes nas Salas Bradesco Premier do Shopping Cidade Jardim (é, gente...as salitchas foram batizadas pela concorrência...). Pois a saída de casa tem que valer a pena, como valeu a noite de ontem. Mas só dá pra ir uma vez por mês, hein?!!

Beijos a todas as finas e fofas do pedaço! E até a próxima!!



quinta-feira, 27 de maio de 2010

Jack Bauer é o cara!

Vou interromper o assunto "Férias" para falar de Jack Bauer...

É complicado explicar a paixão por uma série de TV como 24 Horas, principalmente pra quem nunca acompanhou um programa do tipo.


JACK BAUER

Não sei se posso dizer que nossas emissoras de televisão, por mais modernas que sejam, ainda estão há anos-luz dos americanos. Mas posso dizer que essa série criou e eternizou um dos maiores heróis (ou anti-heróis, como queiram) do século 20!!! Sem exageros. Pergunta pra quem viu...24 Horas terminou há uns 2 meses lá na terra do Tio Sam, de forma absolutamente espetacular, premiando os fãs que por 8 anos acompanharam as conspirações, desgraças, dores (muitas) e amores (poucos) em torno da vida de um agente secreto da chamada CTU (Unidade de Contra-Terrorismo). E agora em agosto o último episódio será transmitido pela FOX (TV a cabo) aqui no Brasil.

A série estreiou nos Estados Unidos logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 e inovou pelo formato: cada episódio, de 1 hora, retratava exatamente 1 hora na vida do cara. E, teoricamente, os fatos aconteciam em tempo real. Assim, uma temporada inteira, de 24 episódios, significava apenas 1 dia...e quantas coisas aconteciam em apenas 24 horas...salvar o mundo de uma bomba atômica, livrar o presidente dos EUA de um atentado, safar-se de uma emboscada e fugir de 384 russos (ou chineses, ou muçulmanos...), tudo de uma vez, era fácil pra ele. Um homem solitário, totalmente dedicado ao trabalho, digamos assim, e para quem os fins absolutamente justificam os meios. Pra ele, não havia problema em sacrificar uma vida inocente em detrimento de outras dezenas de milhares. Lembrando que nada era gratuito. As mortes sempre tinham um motivo que, a princípio, poderia não parecer legítimo (ou justo). Mas todas elas (as mortes) eram necessárias pro Jack evitar uma hecatombe ou chegar ao suspeito que poderia entregar o plano de destruir a cidade (com uma bomba, um míssel de longo alcance, um arma química, um gás venenoso). Além dos assassinatos, tinha as sessões de tortura - um espetáculo à parte!! Jack Bauer aprontou pra dedéu em 8 anos...arrancou braço de genro, matou amigo, aliado, chefe, ex-amante...estripou, cortou de faca e jogou vinagre em cima... E só por duas vezes ele matou sem motivo. Quer dizer...a primeira vez não foi sem motivo: a mocréia tinha matado a mulher dele, que estava grávida. A segunda foi sem motivo, mesmo!!

A série chamou minha atenção por acaso...vi um episódio aleatório e achei legal. Era a 3ª temporada. Resolvi pegar as primeiras temporadas na locadora, até chegar ao episódio que estava passando na TV. Assim poderia acompanhar. E viciei...Não fazia outra coisa na vida...Fiz carteirinha de sócia da Blockbuster (e fiquei amiga do balconista...). Era um DVD atrás do outro...Não conseguia parar...Cheguei ao ponto de fazer Miguel sair de casa às 10:30 da noite pra pegar o próximo DVD na locadora, porque eu não agüentaria dormir sem saber se o presidente dos EUA morria ou não. Baixei pro celular o toque do telefone da CTU...Passei a devorar tudo o que era texto sobre a série ou o ator Kiefer Sutherland, que interprete o Jack. E quando descobri que podia baixar os episódios na internet no dia seguinte ao da transmissão nos EUA, dei adeus à TV. Era impossível esperar um, dois meses, até que o episódio inédito passasse na FOX. Um desafio à minha ansiedade...hehehe

Insanidades à parte, a série levantou várias discussões sobre tortura. Alguns formadores de opinião acusavam os roteiristas de estarem disseminando a prática... E há quem diga que Barack Obama só se elegeu por influência de David Palmer (o presidente dos EUA mais carismático que já apareceu na TV...era negro, íntegro, corajoso e, pra variar, teve sua vida salva por Jack algumas vezes...).

Bom...a intenção desse post é convencer você, leitor, que nunca assistiu nenhum episódio de 24 Horas (ou de qualquer outro enlatado americano) a começar a empreitada. Diversão pura, gente! Tem a criatividade absurda dos roteiristas, com algumas raras e compreensíveis exceções...pensa o que é criar, tipo, 16, 20 formas diferentes de destruir o mundo, ou explodir uma cidade, ou dizimar a população de forma cruel e sanguinária, ou causar pânico nos agentes secretos... Tem boas atuações (de atores famosos ou não), capricho na produção e um carisma sem fim do nosso herói. Duvido que você não se apaixone!!! E não se preocupe com o estômago...na quarta ou quinta cena de tiro no olho, faca no peito, choque no pé, sangue por todos os poros e queimaduras mil, você se acostuma. Vai por mim.

Quando assisti os últimos episódios, eu vibrei, chorei, gritei. Já sinto saudades do reloginho correndo os minutos, das célebres expressões “Drop the gun”, “Damn it” e “Copy that”, do Kiefer falando no início de cada episódio: “The following takes place between...”, das ‘caras de mal’ dos terroristas e de tudo o mais que tornou a série memorável. Experimentem essa febre!!!
Um beijo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Apareceu a margarida...

Gente
Estou mega sumida, mas estou viva...procurando tempo para postar novas epopéias.
Saí de férias, voltei com sinusite e uma tosse horrível, que ainda não foi embora. E sumi completamente da academia. Já me mandaram até email perguntando o que aconteceu comigo...rsrs...
Mas sei que não há desculpa para o sumiço, né? Até porque história é o que não falta. Mas vou compensá-los em breve. Prometo.
Por hora me dêem um desconto. Estou em contagem regressiva para dar adeus a dois vícios meus, de longa data: semana que vem acabam as séries Lost e 24 Horas (do meu amado Jack Bauer). A primeira tá um saco...a segunda, fenomenal!!!
Dou notícias.
Um beijo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Pense num calor...

Gentem
Desculpem a falta de posts...porque férias que é férias não tem computador, né? Principalmente quando se trabalha com computador...hehehe...
Estou naquela vidinha "mais ou menos", sofrendo como nunca com o calor de Recife. Vocês não imaginam como está quente aqui...
Logo, logo mando notícias.
beijão.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Férias à vista...e olha o efeito!!!

Na próxima terça-feira, dia 20, entro em férias - 10 dias mixuruquinhas - e, óbvio, vou pra Recife com a família. A agenda lá vai ser cheia, com festa de aniversário de sobrinhos, sessão de compras com irmã e mãe, almoço com amigas de faculdade, visitas a parentes que não vejo há séculos...Espero que dê tempo de descansar um pouco...ahahahaha.

Há uns dias venho enchendo o saco dos meus amigos no Banco, que sofrerão e penarão sem a minha presença durante longos 7 dias úteis!!!! A contagem regressiva começou semanal e agora está diária (até ontem era em horas e hoje passou a ser em minutos...hehehehehe). Já estou quase acabando o status ultra-super-mega detalhado pra deixar pro grupo e meu chefe hoje começou a marcar reuniões de "passagem de bastão". Qual não foi minha surpresa quando um dos "invites" chegou com horário das 4 às 5 da manhã da próxima terça-feira. Como assim, reunião de madrugada??

Resolvi parar de fazer contagem regressiva porque o negócio tá mexendo com o sistema nervoso dele...ahahahaha...será que vou mesmo fazer tanta falta??? Huuummmmmmmm.

Rimos a valer e ele (por questões hierárquicas não vou citar nomes) resolveu aprimorar a brincadeira. Estamos, inclusive, pensando em levar a sério a idéia, até porque com os dias tão corridos, seria uma alternativa interessante. Vejamos como seria o invite:

Visando otimizar ainda mais nosso tempo de trabalho, vamos realizar reuniões em horários alternativos.
Estaremos realizando teleconferências durante o sono (o "tele", nesse caso, não é relativo a tela e sim a "telepatia"). Explicando melhor:
- antes de dormir, coloque o material a ser usado na reunião sobre o criado-mudo (para os mais descrentes e/ou que perderam recentemente a fé, ou mesmo para as pessoas com problemas de concentração, sugiro colocar o material debaixo do travesseiro);
- coloque o despertador para tocar aproximadamente 20 minutos antes da reunião. Quando tocar, desligue-o e volte a dormir. Como você estará “grog”, mentalize o encontro e entoe um mantra (aaauuuummmmmmmmmm).
- Pronto!!!!!! Estaremos conectados!!!

Abraço,
Fabiano.

Ops, falei o nome dele...Desculpa, chefe! Te entreguei...ahahahaha

Sério! O que faço com um chefe gaiato desse?
bjs